Depois de quartas de final de um nível muito chocho, a Copa do Nordeste terá suas semifinais na terça-feira e na quarta-feira, respectivamente, Fortaleza x Ceará e Bahia x Confiança.
Não vi os jogos de Ceará e Confiança, mas Fortaleza e Bahia apresentaram uma queda de rendimento bem preocupante. O Bahia até mostrou recuperação na parte final do jogo, mas o Fortaleza conseguiu jogar menos do que havia jogado na última rodada da fase de grupos. Isso contra um Sport que não ficou nem entre os 8 melhores do Campeonato Pernambucano.
Por falar no Pernambucano, que lástima foi Retrô 0x1 Afogados, gol de Júnior Mandacaru, que foi um dia (2016) indicado por Diá, hoje treinador do ABC, para jogar no América! Goleiros assustados, jogadores desconectados e desleais, esquemas inexistentes, o jogo mais pareceu um festival de horrores com muitas cenas de vale tudo e sem expulsão alguma. Depois de ver um jogo desse valendo vaga nas semifinais, tenho a certeza de que o buraco de baixo nível em que o futebol brasileiro se meteu deixa poucos estados de fora.
Talvez seja a hora de se reconhecer o desserviço que os estaduais representam tanto para os olhos como para os bolsos da torcida e dos clubes. Um negócio que só piora a cada ano que passa já está pedindo mesmo que alguém tenha coragem de finalizar o que clama por extinção.
Transformar os estaduais em torneios seletivos para a Série D pode ser uma luz rumo ao profissionalismo tão desejado do futebol brasileiro. Só disputa quem está de fora do Brasileiro. As vagas de Copa do Brasil e Copa do Nordeste poderiam ser distribuídas pelos clubes que estivessem no Campeonato Brasileiro de forma decrescente (de A a D). Se todos estivessem na mesma série, caso atual no RN, valeria o ranking para desempate.
Esse seria um passo muito bem dado para diminuir muito o amadorismo que ronda o futebol brasileiro. E as federações ficariam até com mais ligas amadoras para administrar, como campeonatos de bairro, matutões e assemelhados, além do seletivo que substituiria o estadual. Isso poderia enfim impulsionar as bases para termos campeonatos mais longos e mais disputados.
Só não dá para ficar na pasmaceira atual e achar que está tudo certo ou que vai melhorar por si só, um caminho que o basquete brasileiro, antes campeão de audiência, tomou e nunca mais se recuperou.
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