quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

O mais belo truque da humanidade

O que seria de nós sem o calendário? Sem as horas, os turnos, os dias, as semanas, os anos? Ah, os anos...

Essa troca de folhinha no calendário é o mais inteligente e belo truque da humanidade. Truque, porque dizem que mágica não existe, mas podemos chamar de mágica ou magia. Essa mera troca de números tem a enorme capacidade de nos encher de esperança num futuro melhor.

Não deu certo perder peso? Agora vai. Aquela economia para trocar de carro ou fazer uma viagem? No novo ano tudo se acerta. Prometemos dar mais valor à vida. Também prometemos não deixar o ano voar assim, sem prestarmos atenção. Ficaremos mais saudáveis, sendo as ceias de fim de ano as últimas tentações admitidas. Todos nos empenharemos bem mais, seja no trabalho, seja nos estudos. Enfim, o ano novo representa tudo de bom em nossas vidas.

O ano que termina também já viveu seus dias. Hoje não tenho mais aquela pressa de que o ano acabe logo. Tento apreciar cada segundo que resta, apesar de adorar esta época do ano justamente por esse espírito coletivo de bons fluidos. No balanço de tudo, termino 2015 com sentimento de gratidão até pelos percalços.

Em poucas horas chegará 2016. Que seja um ano de paz. Que olhemos um pouco mais para o outro como ser humano, não como instrumento para atingirmos fins egoístas. Que as religiões unam; não separem. Que possamos abraçar bem apertadinho. Que possamos viver; não apenas sobreviver.

10..9...8...7...6...5...4...3...2...1... Feliz 2016!

terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Simplesmente Fafá


Natal recebeu um senhor presente de aniversário de 416 anos no último domingo: um show gratuito na Arena das Dunas de Fafá de Belém.

Fafá é do tempo em que cantar música romântica (também conhecida como dor de cotovelo ou roedeira) era feito com voz de fazer inveja a qualquer desses atuais representantes dessa peste chamada "sofrência".

Mas Fafá de Belém vai muito além disso. Sua risada é um ícone nacional, uma verdadeira ode ao bom humor. Não há quem a escute e resista sem rir também.

O hino nacional cantado com lágrimas quando o Brasil chorou a morte de Tancredo Neves e a possibilidade de manutenção da terrível ditadura que nos assolava virou mito - nunca mais sairá da memória de quem viveu o momento.

A grande cantora fez um show com um lindo coro de espectadores a lhe acompanhar e deixou seus dois maiores sucessos para o final.

Abandonada por você poderia ter durado horas e horas e ainda assim o público cantaria a força daquele refrão a plenos pulmões.

Por fim, o sucesso que embalou desde o Benfica de Portugal ao Orgulho do RN em 1996 e ainda hoje é tido como hino da torcida do América: Vermelho. De linda letra, a música fez de Fafá estrela internacional. Ela conta a história de orgulho do Boi Garantido, que defende a cor vermelha no rico folclore amazonense. Com os fortes versos "Meu coração é vermelho/ hei, hei, hei/ de vermelho vive um coração...", Vermelho foi adotada pela torcida americana e há 19 anos empolga a arquibancada ao ser entoada. Foi de arrepiar até quem não era torcedor o coro que se formou encerrando o arraso que foi o show de Fafá de Belém em Natal!

Um show de verdade. Pena eu não ter o vídeo desse momento. Mas este dá uma ideia do furacão Fafá de Belém. Ou simplesmente Fafá.



*Atualização: Rita me salvou ao me enviar o vídeo por ela gravado do encerramento de Fafá aqui em Natal com Vermelho. Show!



sábado, 26 de dezembro de 2015

Subtítulo enganador


Sou chegada em discussões. Adoro discutir novos pontos de vista, coisas polêmicas e por aí vai.

Combato preconceitos, o que inclui obviamente os meus. Pre-conceito significa que você formou uma ideia sobre algo sem ter de fato conhecido aquilo mais de perto.

Livros de auto ajuda, em geral, fazem parte desse meu preconceito. Por isso, de vez em quando adquiro um título e mergulho na leitura para saber se meu preconceito acertou na mosca ou não.

Na linha do meu preconceito, livros de auto ajuda são meros caça níqueis, produzidos apenas no afã de arrecadar fundos com o desespero do momento. A auto ajuda estaria no próprio autor, que descobriu um filão para curar seu próprio bolso.

Claro que nem todos são assim. Li uma vez um chamado Ultrametabolismo que me chamou a atenção para várias diferenças de alimentação por que passou o ser humano. Interessante. Dava dicas até de exames de saúde e receitas saudáveis.

Já ouvi falar muito de Augusto Cury. Parece que o Brasil gosta de achar gurus de tempos em tempos. Não faz muito tempo Lair Ribeiro e Paulo Coelho soavam como pregadores de um novo mundo para iluminados.

Comprei há mais de ano o livro da foto. E li ontem de um fôlego só. Não que a leitura fosse daquelas instigantes, que só nos deixam sossegados com o virar da última página. Não. Meu desespero em terminar Ansiedade: como enfrentar o mal do século era descobrir onde o livro entregaria o que prometeu.

São mais ou menos 150 páginas de um vai e vem interminável sobre como somos todos ansiosos, como as crianças de hoje são ansiosas, como o mundo é uma ansiedade só. Há sugestões aqui e ali de outros títulos do autor. Mas até agora estou esperando uma dica prática de como enfrentar o mal do século.

Só não digo que perdi 4 horas da minha vida porque adoro ler. Esse livro de Augusto Cury parece aquele programa de Raul Gil de tirar o chapéu, quando ele coloca num chapéu a palavra desemprego. Quem diabo vai tirar o chapéu para o desemprego? E todo mundo lá na expectativa de saber para quem aquela criatura não tirou o chapéu.

Foi exatamente assim que passei 4 horas ontem: querendo saber quando Augusto Cury entregaria o que o seu subtítulo ofereceu. Talvez só em seus cursos e palestras. Ou até nas próximas edições. O importante é manter a auto ajuda, se é que vocês me entendem.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

No Coração do Mar



Um filme com alguns clichês, bruto, mas de grande valia. Assim é No Coração do Mar (In the Heart of the Sea), inspirado na verídica história do navio americano Essex, afundado por uma baleia no século 19, e que deu origem ao clássico Moby Dick de Herman Melville.

A caça às baleias já é cruel por sua própria natureza. Nos anos 1800 então... O filme de Ron Howard mostra a batalha daqueles homens do navio Essex para sobreviver e nos lembra como a vida pode ser brutal de vez em quando. 

Estômagos fracos devem passar longe de No Coração do Mar. Mas quem aguentar o tranco das suas nem de longe enfadonhas 2 horas de duração sairá do cinema com a sensação de que os problemas diários não existem. 

Nice guys finish last

A expressão em inglês do título significa que os bons ficam em último lugar. Sempre achei isso uma visão deturpada não só do esporte, mas da vida.

A vida é um vale tudo? Não importam as consequências de nossos atos, tão-somente o alcance de metas? Não posso concordar.

Logicamente, não poderia guardar uma visão diferente para o futebol. Não vale tudo, não. As regras existem para serem respeitadas. A coletividade tem que se sobrepor ao individualismo. Os de mau caráter têm que ser rejeitados, independente do talento.

Confesso que me incomoda bastante o menosprezo aos bons e a valorização dos sacanas. E quando essa lógica terrível é invertida eu aplaudo de pé.

Nessa selva que virou o futebol brasileiro, ver o América contratar Júlio Terceiro me traz esperança. Esperança de ver homens de verdade com a camisa do Orgulho do RN. Nem sei se Júlio vai dar certo aqui como antes. Mas sei que devotará cada gota de seu suor para que dê certo. Como deve ser com qualquer trabalhador. Como deveria ser nesse mundo cão do futebol. E isso motiva qualquer torcedor a comparecer ao estádio.

PARABÉNS, assim, com letras garrafais, ao América! 

Enfim WhatsApp

Resisti o quanto pude. Afinal, não sou consumista e meu celular não tem essa memória toda para carregar mais um aplicativo de mensagens, fotos e vídeos.

Entretanto, é preciso pensar um pouco nos outros também. E esses outros acham que é mais negócio esse aplicativo do que torpedos ilimitados. Fazer o quê? 

Bem, cheguei ao WhatsApp. Que é gratuito no 1.° ano. Depois é cobrado um valor de 99 centavos de dólar por 1 ano de serviço. Ontem, o aplicativo me ofereceu 5 anos por pouco mais de 9 reais. Não sei se vou permanecer. Não gosto da ideia de ter que associar um cartão de crédito à minha conta da Play Store para poder pagar pelo serviço. Uma compra com cartão, vá lá. Mas deixar um cartão associado a uma loja online? Já imagino os golpistas à espreita. Talvez seja só neura. Tenho um ano para pensar.

Quem sabe a moda muda e o WhatsApp termine perdendo esse fascínio todo, como já ocorreu e ocorre com todas as redes sociais desde o finado Orkut?

E se você quiser saber quanto tempo de gratuidade lhe resta no WhatsApp, basta acessar as 3 bolinhas, configurações, conta e dados de pagamento. 

Enfim, cheguei. Só não sei se vou ficar.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Olhos da Justiça



Há tempos eu não assistia a um filme tão tenso! Olhos da Justiça (Secret in Their Eyes) me fez roer as unhas como se fosse um jogo decisivo de campeonato.

A sessão foi às 22h05, mas o cansaço não apareceu um só segundo do filme, que conta com magníficas atuações de Julia Roberts (sua transformação psicológica no desenrolar da estória é formidável!), Nicole Kidman e Chiwetel Ejiofor, para citar apenas os principais. Mas ninguém escorrega na atuação. 

Acho que o filme tinha pano para as mangas para durar mais do que 1h40 e algumas cenas, especialmente no início, parecem ter sido encurtadas ou adicionadas apenas para que o filme fosse diminuído sem que a audiência se perdesse. Mas nada que deponha contra o poder da estória.

Como disse, é muita tensão reunida. É a tensão sexual da paixão reprimida; a tensão da vingança reprimida; a tensão do sentimento de culpa reprimida. É um suspense puramente psicológico. Sente-se a carga dos personagens; não se teme a violência, que nem aparece, para ser sincera.

Olhos da Justiça é um remake de um filme argentino vencedor do Oscar de melhor filme estrangeiro de 2009. Ele conta a história de uma mãe policial do FBI, que investiga terrorismo, e numa localização de corpo, descobre que a vítima descartada numa lata de lixo é a sua filha. As tensões que a partir daí envolvem os personagens são de matar gente ansiosa como eu.

Segundo o diretor Billy Ray ao G1, a diferença do seu filme para o do diretor argentino é que este "contou essa história de amor muito literal e eu acho que estamos fazendo esse filme muito mais de suspense. Nós estamos fazendo esse filme muito intenso sobre o custo da obsessão".

O filme não segue um corte linear e só orienta o espectador no início, na primeira vez em que vai mostrar o que ocorrera 13 anos atrás. Em seguida, ele vai jogando o antes e depois apenas com a mudança dos personagens, o que achei muito legal.

Seja pela tensão, seja pelo show dos atores, com destaque para Julia Roberts e Nicole Kidman, Olhos da Justiça vale uma ida à sessão das 22h no Cinépolis. 

terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Só um goleiro?

Parece que Aluísio Guerreiro ainda não foi apresentado a todo o elenco americano. Na entrevista coletiva de ontem, o técnico afirmou que vê algumas prioridades para contratar por haver posições que só têm um jogador disponível.

"Tem prioridades, sim. Mais um atacante de área, um lateral-direito, um goleiro e mais um meia-atacante. São posições que temos um jogador só e eu quero contar, no mínimo, com dois jogadores em cada posição, sendo que atacante de área e goleiro são as que mais precisamos."

Só um goleiro? Que eu saiba, o América conta com dois goleiros profissionais: o titularíssimo Pantera e Camilo. Há mais dois das bases.

Meia-atacante também há em profusão: Mateusinho, Ramon, Cascata (embora tenha jogado mais na criação), Thiago Potiguar e Reis se a memória não me trai.

E Luiz Eduardo e Neto Potiguar viraram atacantes de beirada?

Pelas minhas contas, o treinador acertou na lateral direita: só Gabriel até agora.

Se Aluísio estiver correto, das duas uma: ou já vai sair uma lista de dispensa, ou muita gente mudou de posição de outubro para cá. 

domingo, 20 de dezembro de 2015

A liberdade é preciosa


A dialética hegeliana propõe uma nova realidade pelo embate de contrários. Um tese faz surgir com força uma antítese. Desse conflito temos uma síntese ou nova realidade.

Em Certas Coisas, Lulu Santos já cantava isso de forma mais direta: "Não exisitiria som se não houvesse o silêncio/ Não haveria luz se não fosse a escuridão".

Neste ano, recebi um carinhoso presente de Rayane, com quem tive a felicidade de estabelecer um rico convívio quando o destino me colocou como sua professora em alguns semestres: o livro A Revolução dos Bichos de George Orwell. Para quem não conhece, o escritor britânico denuncia através de uma fábula os desmandos do regime totalitário com disfarce de socialismo imposto aos soviéticos.

Mais do que a aberta crítica ao regime por muitos esquerdistas ainda hoje louvado como exemplo para o mundo, o livro de Orwell mostra que o mal de qualquer regime é o excesso de poder, sempre estabelecido à custa de muita opressão. 

Orwell defende o que nos é muito caro em vida: a liberdade. Não há bem mais precioso, nem mesmo a vida, visto que uma vida sem liberdade é pesadelo sem fim. Mas nem sempre nos damos conta disso.

Essa liberdade inclui obviamente a liberdade de pensar e de se expressar. Nas sábias palavras do autor, "A liberdade, se é que significa alguma coisa, significa o nosso direito de dizer às pessoas o que elas não querem ouvir." Assim, não há atentado maior a uma democracia do que o controle sobre o que pode ser expresso ou que se admite como verdade a ser publicada. Este é o primeiro ato de toda ditadura: controlar o que se diz e quando se diz. 

São muitos os exemplos vergonhosos de censura, seja no passado, como no Brasil de 1964 até a chegada da Constituição/88 e na ex-URSS, seja no presente, como nos regimes ditos comunistas de China e Cuba, ou mesmo falsamente democráticos como Venezuela e Rússia, dentre tantos outros.

O passo seguinte é inventar teorias de conspiração, distorcer fatos históricos, atribuir tudo de ruim a adversários e inventar um grande inimigo poderoso (normalmente a mídia, palavra sempre usada em sentido pejorativo). Tudo no intuito de levar no bico os mais inocentes. Estes logo apoiarão atrocidades em nome da segurança contra tais forças.

Nesses tempos de fanatismo quase religioso de esquerdistas e direitistas, ler A Revolução dos Bichos é por os dois lados no seu devido lugar: quem defende o fim da liberdade de expressão (o que inclui a de imprensa) não passa de um potencial ditador com todos os requintes de crueldade típicos dos regimes totalitários. 

O livro de George Orwell é então leitura obrigatória. 

Muito obrigada, Rayane, por tão maravilhoso presente! 

sábado, 19 de dezembro de 2015

O embuste

Sou daquelas viciadas em leitura. Não resisto nem a bula de remédio. Caiu na rede, é peixe! 

Na fila de pequenas compras do Nordestão Tirol, vi uma chamada atrativa da Quatro Rodas, revista que normalmente não faz parte do meu "arsenal" de leitura. A revista anunciava um guia para quem pretende comprar um seminovo. Confira a foto da chamada:


Nessas épocas de economia afundando, não custa nada aprender dicas sobre carros usados. Servem até para melhor avaliar o seu próprio carro.

No entanto, ao virar a capa e acessar o índice, uma ponta de frustação: o tom da capa já fora modificado - nada de guia.


Peraí! Onde estão as dicas para "acertar na compra do seminovo"? Um decepção total: a reportagem apenas trouxe um carro em cada categoria e c'est fini. Frustrante. Nenhuma dica do que deveria ser avaliado numa compra assim - apenas uma indicação de carro por categoria. Um verdadeiro embuste.

Certamente a Quatro Rodas já viveu dias melhores em seus 55 anos de existência. 

Só não digo que perdi R$ 15 porque ainda não terminei a leitura da revista inteira, mas a chamada de capa foi digna das promessas de Dilma na reeleição.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

A maior torcida do RN

O globoesporte.com divulgou o ranking das médias de público das Séries A, B, C e D. Em 2015, a maior torcida do Brasil foi a do Corinthians, que colocou, em média, 34.149 pessoas por jogo.

No Rio Grande do Norte, a maior torcida foi a do América, que colocou em média, 4.263 pessoas por jogo. A torcida do Mecão ficou em 39.° lugar nacionalmente. Mesmo na Série C e sem ter alcançado a fase decisiva da competição, o América superou várias equipes da Série B (como o América-MG, que conquistou o acesso à Série A) e até o Brasil-RS, que conquistou o acesso à Série B.

Também do RN, o ABC, apesar de ter disputado a Série B com clubes de grande torcida, ficou apenas em 52.°, com uma média de 2.979 pessoas por jogo, e o Globo, que disputou a Série D, ficou em 84.°, com uma média de 371 pessoas por jogo.

Apesar dos parcos números do RN, a torcida do América superou e muito a soma das médias das torcidas de ABC e Globo. 

O ranking das médias de público só reflete a realidade que já vinha sendo mostrada pelo ranking da Brahma , que monitora o número de sócios torcedores de todos os clubes do Brasil. Nesse ranking, o Internacional é o 1.°, com 147.982 sócios, e o Corinthians é o 2.°, com 135.779 sócios. 

O América responde por 55% de todos os sócios torcedores do RN e é o 1.° no estado. Nacionalmente, é o 34.°, com 2.670 sócios. O ABC é o 38.° nacionalmente, com 2.146 sócios. No RN é o 2.° e responde por 44% de todos os sócios potiguares. 

Apesar de ainda medíocres para o potencial de ABC e América, os números de 2015 coroam, sem espaço para tergiversações, a torcida do América como a maior do Rio Grande do Norte.

"É Série C?"

A pergunta do título me foi feita por mamãe durante Trinidad e Tobago 0x3 México ontem na Arena das Dunas. Achei o perfeito resumo para o que as duas seleções (não) apresentaram. Ainda assim, valeu a pena conferir a partida. A goleira de Trinidad e Tobago é um capítulo à parte. Deve ser, em todo o futebol mundial, seja feminino ou masculino, a goleira que mais leva bolas na trave e escapa de tomar gols. Apesar de compensar com algum frango depois.

E a locução da Arena, hein? Arranjaram outra voz masculina para narrar em "inglês" os acontecimentos. O inglês vai entre aspas mesmo. A voz é até carismática, mas além de insistir em chamar os acréscimos de prorrogação (aqueles dois tempos a mais de 15 minutos cada quando um jogo importante termina empatado - desde que haja previsão), ontem ele trocou a jogadora Quinn por Kim, dentre outras gafes. Para piorar, o locutor em português narrou demoradamente um gol que só ele viu!

A arbitragem do jogo não esteve nada bem. Wilton Sampaio e a auxiliar Neusa Back terminaram abrindo o placar para o México num claro impedimento. Aliás, como Neusa se posiciona mal! Foram muitos os impedimentos que ela deixou passar por isso.

No jogo principal, o esperado: disputa renhida. O Brasil apostando tudo logo no início e o Canadá naquela defesa chata. Foi um bom jogo, com alguns momentos mais chatos, logo compensados pela torcida do setor leste com coisas mais interessantes, como ensinar o povo dos setores iniciais como um Hola funciona (faltou desenhar) e chamar Breno para se juntar à sua família. Uma integrante tentou tantas vezes chamá-lo sem sucesso que a galera resolveu ajudar nos gritos e Breno ganhou um setor inteiro de fama durante o jogo. Para azar dele, o gol do Canadá saiu exatamente quando ele enfim se sentou. Foi tachado de pé frio. Mas tudo acabou bem: Brasil 2x1 Canadá, sendo um dos gols brasileiros uma linda assistência de Marta.

Também acho um show a árbitra Simone Xavier. Seu penteado me faz lembrar a grande Tina Turner. Só isso já vale o ingresso. Pena que não consegui uma foto da árbitra com o penteado usado nesta Copa Caixa para comparação.


No domingo, teremos a grande final e a disputa do 3.° lugar. Ou seja, teremos a repetição da rodada de ontem a partir das 15h30. Será a última oportunidade de conferir in loco a goleira de Trinidad e Tobago, o inglês paraguaio e as gafes da locução e o talento das brasileiras Marta, Formiga e cia. e das canadense Prince, Sinclair e cia. Também é o último dia de acompanhar futebol sem cai-cai. Não dá para perder.

E voltando a Tina Turner, vale relembrar um sucesso dessa grande cantora de voz absolutamente marcante:

terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Aonde a vaca vai...

...o boi vai atrás. Assim é a história de ABC e América. Quando a imitação é positiva, ótimo. Mas os dois têm caminhado em direções tortuosas. Depois de se juntarem na Série C, agora América e ABC partem para a mesma estratégia na contratação de treinador: ex-Santos e com ligações à base do clube que revelou Pelé para o mundo.

Primeiro, foi o América que resolveu apostar em Aluísio Guerreiro, que apresenta como experiência ter sido campeão com o Jabaquara em 1993, embora haja controvérsias. Agora é o ABC, que parecia já acertado com Sérgio China, mas anunciou Narciso, cuja grande conquista foi a Copa São Paulo de Futebol Júnior em 2012. A favor do ABC é que Narciso de fato já atuou como treinador profissional e trabalhou no ano passado. Quanto ao América, a manutenção da base do time campeão centenário é um alento. E só.

Vão muito bem os dois grandes do RN. As três primeiras rodadas do estadual prometem.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Seria o fim do "rouba, mas faz"?

Esse era o lema de um político na década de 50. Imaginem o nível da política brasileira: o cara já fazia campanha afirmando que roubaria, mas também lembraria em algum momento do povo...

De lá para cá, a nação brasileira foi se acostumando a todo tipo de ladroagem. Todo político seria ladrão e pronto. O voto na urna seria uma verdadeira licença para os mais terríveis malfeitos com o dinheiro público. Aliás, o conceito de coisa pública era de coisa do governo. E quando vivíamos a ditadura, parecia ser uma espécie de vingança depredar o patrimônio "do governo". E assim surgiu esse sentimento forte de que coisa pública não pertence ao povo, e sim aos políticos da situação.

Só que no meio do caminho havia uma pedra: a constituição de 1988. No afã de ser garantista e impedir novos arroubos que retirassem direitos do cidadão, a carta magna brasileira trouxe importantes instrumentos para que essa triste realidade do "rouba, mas faz" enfim pudesse nos abandonar.

Não, ela não nos abandonou ainda. Afinal, a constituição ainda é jovem (apenas 27 anos). Seus conceitos ainda estão sendo sedimentados, tanto no mundo jurídico, como no mundo cão dos políticos.

Hoje é preciso prestar contas de cada centavo gasto do dinheiro do povo. As negociatas precisam ficar mais escondidas. Tudo é  feito em aparente legalidade. Mas investigações mais aprofundadas, sempre empreendidas pelo Ministério Público, seja federal ou estadual, revelam jogo de cartas marcadas em licitações, propinas disfarçadas de doações, empréstimos e outras vilanias. Ressalte-se que esse papel do MP foi trazido pela constituição de 1988, que lhe deu garantias contra afastamentos a bel prazer dos governantes. O MP deixou de ser advogado do governo para ser fiscal da lei.

Desde a entrevista em que o presidente de então do Brasil disse para todo mundo ouvir que seu partido fizera caixa 2 (motivo que derrubara Collor em 1992), como se um crime cometido por muitos perdesse o caráter de ilicitude, Ministério Público, Polícias e Poder Judiciário parecem ter finalmente compreendido que a nossa constituição não pode ser um texto sem aplicação. Mensalão, Petrolão, Lava Jato, Zelotes e todos os outros escândalos diários e infinitos em todos os níveis de atuação política neste país seguem sendo fustigados, vasculhados e até punidos! Aos poucos, é verdade. Devagarinho, porém, numa marcha sem volta. O recado é simples: aqui já não se tolera mais o "rouba, mas faz". É preciso zelo com o dinheiro suado do povo.

O impeachment de Dilma, por exemplo, desafia politiqueiros Brasil afora. É princípio fundamental de direito administrativo que a administração pública só pode fazer o que a lei expressamente permite. Se não permite, então é proibido. Exatamente o contrário do cidadão. Nós podemos fazer tudo o que a lei não proíba. Se não proíbe, é permitido para nós. Por que a diferença? Proteção ao suado dinheiro do povo! A administração pública, desde o chefe de governo até um mísero estagiário, só pode atuar nos limites da lei. Se a lei proíbe estripulias com o dinheiro público, quem bobear dança. Ou deveria dançar...

E qual o medo dos governantes? Se Dilma cair, uma ruma de prefeitos e governadores devem acompanhar o destino pelo mesmíssimo problema: ginásticas feitas com o dinheiro público para cumprir metas determinadas em lei. Cumprir para inglês ver, diga-se de passagem, porque não houve cumprimento algum. Um ano inteiro de pagamentos realizados por um banco em nome do governo sem que haja dinheiro na conta do governo se chama empréstimo. O dinheiro daqueles pagamentos, que deveria estar ali, foi utilizado para outras coisas. Se você saca dinheiro da sua conta corrente sem que tenha dinheiro nela, já sabe que pagará juros, porque está sendo financiado pelo banco. Mas governos só podem pegar "empréstimos" com autorização prévia do poder legislativo. A lei não permite que o governo use "cheque especial". E quem desafia a lei...

A nação brasileira caminha a pequenos, mas incessantes passos para mostrar que temos apego às leis. Pelo menos nós que não somos políticos. A lei tem que soar como uma espada pronta a desabar sobre a cabeça de governantes sem zelo com a coisa pública. Mas para quem se acostumou com o Brasil do "rouba, mas faz" isso é uma afronta. Daí assistirmos todos os dias a políticos zombando dos outros (não-políticos, claro) que ainda trabalham em prol da nossa nação.

Pode demorar. Dilma pode até escapar, salvando a pele de muitos governantes salafraios por aí, afinal o impeachment é um julgamento político e exclusivamente a cargo de um Congresso desmoralizadamente presidido por um deputado com contas secretas na Suíça. Mas a nação brasileira parece querer seguir um novo rumo, longe de expressões perjorativas como "rouba, mas faz", "jeitinho brasileiro", "país das leis que pegam e que não pegam", e por aí vai.

Muita gente quer seguir esse novo rumo. Falta você, que diz não gostar de política, acompanhar mais de perto o que os políticos andam fazendo com o dinheiro público. Falta pararmos de eleger os que mentem descaradamente. Depois evitaremos os que mentem veladamente. Até sobrarem os bons. Assim faremos. 

Sonho com o dia em que "jeitinho brasileiro" significará honestidade e ética à toda prova. A cada dia que passa ele fica mais perto de chegar.

Reapresentação secreta

Já vi treinamento secreto, mas reapresentação é a primeira vez. A direção do América resolveu que a reapresentação, ou apresentação no caso dos novatos, será feita sem qualquer cobertura jornalística ou olhar da torcida. Não houve esclarecimento acerca do motivo ou mesmo de quem partiu a ordem, apenas que veio da "diretoria", assim, bem genérico, sem maiores especificações.

A ordem não partiu da comissão técnica, mas da diretoria. Da última vez que isso ocorreu no RN foi a diretoria do ABC (também sem especificações) que mandou fechar o treino sob comando de Josué Teixeira antes da final centenária.

Aluísio Guerreiro já começa bem no quesito comando. As contratações foram feitas à sua revelia e agora até seus primeiros momentos como técnico passarão longe dos curiosos por ordem exclusiva da diretoria. Será que ele vai mesmo comandar os treinos? 

Por enquanto, a diretoria decidiu que só a partir de 26/12 os treinos serão abertos. Até segunda ordem.

domingo, 13 de dezembro de 2015

Aidar x Ceni, Cruz e Osório

Carlos Aidar, ex-presidente do São Paulo, remexeu a polêmica em entrevista ao Diário de São Paulo, republicada pelo Estadão no domingo. Vejamos trechos:

Sobre Rogério Ceni: "Ou você joga o jogo dele ou está fora do jogo. Eu já achava que estava na hora de abrir espaço para outro goleiro no ano passado, mas houve uma baita pressão e ele ficou até agora. (...) O Rogério Ceni não deixava que surgissem líderes. Um exemplo era o Dória, que batia de frente com ele. O Rogério também não gosta do Pato pelo fato de ele ganhar muito. O Rogério marginaliza essas lideranças."
Sobre Milton Cruz: "O Luiz Eduardo quem descobriu com olhos clínicos foi o Milton Cruz. E quem fez o agenciamento? O filho do Milton. Eu deveria ter mandado embora o Milton. (...) Tive de proibir o Milton Cruz de levar o celular para o banco de reservas e para o vestiário, porque descobri que o Abílio Diniz ficava ligando durante o jogo para dar palpite sobre escalação."

Sobre Juan Carlos Osório: Não sei como ele ganhou o respeito incrível da imprensa e da opinião pública. Era um marqueteiro danado. Não repetiu o time uma vez em 22 partidas. Isso não é coisa de treinador, mas de alguém achando que o São Paulo é laboratório. (...) Eu sabia que ele fazia rodízio, mas não sabia que punha goleiro de centroavante, lateral no meio-campo. Se soubesse, não o traria. Só me arrependo de não ter mandado a mensagem no celular dele antes. Fui eu quem mandou ele parar de rodízio para definir logo o time."

Sobre Ataíde Gil Guerreiro, vice-presidente pivô de sua renúncia: "Houve uma tentativa dele de me enforcar. Tudo começou no sábado, quando ele foi na minha sala no Morumbi e gravou o tal áudio. Aí, no café da manhã de segunda-feira, da diretoria, ele veio dizer que o negócio do Maidana estava esquisito. Respondi que ele e o pessoal da base que tinham começado o negócio e que passei a negociar porque eles eram incompetentes e perderiam o atleta. Do nada, o Ataíde bateu a mão na mesa. Eu também bati na mesa e disse para ele parar de ficar com frescura. Perguntei na frente de todo mundo se o Julio Casares havia emprestado dinheiro para o Ataíde. Ele disse que sim. Aí, o Ataíde pôs as duas mãos no meu pescoço. Para me defender, acabei quebrando a cartilagem de um dos dedos da mão"

Sobre sua última passagem como presidente: "Foi um erro voltar ao São Paulo. Em 2014, eu estava numa zona de conforto, ganhava sem nem ir ao escritório. Não é fácil ficar ouvindo falarem mal da minha filha, da minha mulher. Me chamando de corno, viado, ladrão…"

sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

100 anos de Sinatra


Que bela coincidência os 3 grandes clubes do RN compartilham com The Voice (A Voz)! Frank Sinatra, se ainda estivesse entre nós, completaria 100 anos neste sábado, 12/12, mesmo ano em que América, ABC e Alecrim também comemoram o seu centenário.

Intérprete de primeira e de inconfundível voz e marcantes olhos azuis, Sinatra presenteou o mundo com inúmeros sucessos, podendo ser destacado sem nenhuma injustiça o hino de amor a Nova Iorque New York, New York, verdadeira ode à esperança do recomeço na capital do mundo.

Ele também teve boa participação em filmes de Hollywood, na época áurea dos musicais. Ganhou Oscar de melhor ator coadjuvante em 1954 justamente no filme em que não cantou: A um passo da eternidade (From here to eternity, 1953).

A Globo News o homenageou em seu Arquivo N, que será reprisado amanhã às 15h05 (horário de Natal). Vale a pena conferir.

Como a lista é muito grande, deixo dois super duetos (Ella Fitzgerald e Elvis Presley, de quem sou super fã!) e alguns sucessos de arrepiar d'A Voz. 





Quando Marta superou Pelé

A Arena das Dunas tem uma queda por feitos históricos. Lá foi marcado o gol mais rápido da Copa do Mundo 2014: Dempsey, aos 28 segundos de EUA x Gana no dia 16/06. O placar final foi 2x1 para os americanos. 

Lá também ocorreu a polêmica mordida do atacante uruguaio Luis Soárez no zagueiro italiano Chiellini (Itália 0x1 Uruguai, em 24/06, também pela Copa 2014).

Foi também na Arena das Dunas que a rainha Marta deixou o rei Pelé na poeira no quesito gols marcados com a camisa da Seleção Brasileira. A alagoana marcou 5 gols na histórica goleada de 11x0 contra a seleção de Trinidad e Tobago (em 09/12/15) e agora tem 98 gols contra 95 de Pelé. E ainda há mais 3 rodadas da Copa Caixa Internacional de Futebol Feminino na mesma arena para que Marta aumente sua supremacia.

A coincidência desses 3 eventos? Eu estava lá, acompanhando tudo de pertinho e vou levar para sempre comigo a lembrança de quando Dempsey foi o mais rápido da Copa 2014, de quando Suárez bancou o vampiro e mordeu o ombro de Chiellini e da noite em que Marta superou Pelé.

Obrigada, Arena das Dunas!

quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Hoje tem Brasil de Marta e Formiga na Arena das Dunas

Essa é para quem gosta de futebol bonito, para quem apenas torce pelo Brasil e até para quem gosta de aparecer na TV. Hoje começa a Copa Caixa Internacional de Futebol Feminino com transmissão da Band e do Bandsports em HD para todo o Brasil.

Às 18h15 tem jogo de Copa do Mundo, já que ambas as seleções estiveram na Copa 2015, disputada no Canadá: México x Canadá. 

Às 20h45, Marta, Formiga & Cia entram em campo: Brasil x Trinidad e Tobago. Formiga volta a Natal após ter defendido as cores do América em 2012, quando foi campeã invicta do estadual. E Marta está a dois gols de se igualar a Pelé, maior artilheiro de todos os tempos da Seleção Brasileira. Ou seja, a Arena das Dunas pode acolher mais um feito histórico.

Ingressos à venda no site Arena das Dunas (estavam com 10% de desconto quando eu comprei; por isso comprei logo às quatro rodadas) e lá na bilheteria. O setor mais barato, mas nem por isso menos empolgante, é o setor leste, com ingressos a R$ 40 e R$ 20 (meia).

Não fique de fora e nem deixe para a última hora!

terça-feira, 8 de dezembro de 2015

De Temer para Dilma, com amor

Eis a íntegra da carta que o vice presidente Michel Temer enviou para a presidente Dilma Roussef:

São Paulo, 07 de Dezembro de 2.015.
Senhora Presidente,
"Verba volant, scripta manent" (As palavras voam, os escritos permanecem)
Por isso lhe escrevo. Muito a propósito do intenso noticiário destes últimos dias e de tudo que me chega aos ouvidos das conversas no Palácio.
Esta é uma carta pessoal. É um desabafo que já deveria ter feito há muito tempo.
Desde logo lhe digo que não é preciso alardear publicamente a necessidade da minha lealdade. Tenho-a revelado ao longo destes cinco anos.
Lealdade institucional pautada pelo art. 79 da Constituição Federal. Sei quais são as funções do Vice. À minha natural discrição conectei aquela derivada daquele dispositivo constitucional.
Entretanto, sempre tive ciência da absoluta desconfiança da senhora e do seu entorno em relação a mim e ao PMDB. Desconfiança incompatível com o que fizemos para manter o apoio pessoal e partidário ao seu governo.
Basta ressaltar que na última convenção apenas 59,9% votaram pela aliança. E só o fizeram, ouso registrar, por que era eu o candidato à reeleição à Vice.
Tenho mantido a unidade do PMDB apoiando seu governo usando o prestígio político que tenho advindo da credibilidade e do respeito que granjeei no partido. Isso tudo não gerou confiança em mim, Gera desconfiança e menosprezo do governo.
Vamos aos fatos. Exemplifico alguns deles.
1. Passei os quatro primeiros anos de governo como vice decorativo. A Senhora sabe disso. Perdi todo protagonismo político que tivera no passado e que poderia ter sido usado pelo governo. Só era chamado para resolver as votações do PMDB e as crises políticas.
2. Jamais eu ou o PMDB fomos chamados para discutir formulações econômicas ou políticas do país; éramos meros acessórios, secundários, subsidiários.
3. A senhora, no segundo mandato, à última hora, não renovou o Ministério da Aviação Civil onde o Moreira Franco fez belíssimo trabalho elogiado durante a Copa do Mundo. Sabia que ele era uma indicação minha. Quis, portanto, desvalorizar-me. Cheguei a registrar este fato no dia seguinte, ao telefone.
4. No episódio Eliseu Padilha, mais recente, ele deixou o Ministério em razão de muitas "desfeitas", culminando com o que o governo fez a ele, Ministro, retirando sem nenhum aviso prévio, nome com perfil técnico que ele, Ministro da área, indicara para a ANAC. Alardeou-se a) que fora retaliação a mim; b) que ele saiu porque faz parte de uma suposta "conspiração".
5. Quando a senhora fez um apelo para que eu assumisse a coordenação política, no momento em que o governo estava muito desprestigiado, atendi e fizemos, eu e o Padilha, aprovar o ajuste fiscal. Tema difícil porque dizia respeito aos trabalhadores e aos empresários. Não titubeamos. Estava em jogo o país. Quando se aprovou o ajuste, nada mais do que fazíamos tinha sequência no governo. Os acordos assumidos no Parlamento não foram cumpridos. Realizamos mais de 60 reuniões de lideres e bancadas ao longo do tempo solicitando apoio com a nossa credibilidade. Fomos obrigados a deixar aquela coordenação.
6. De qualquer forma, sou Presidente do PMDB e a senhora resolveu ignorar-me chamando o líder Picciani e seu pai para fazer um acordo sem nenhuma comunicação ao seu Vice e Presidente do Partido. Os dois ministros, sabe a senhora, foram nomeados por ele. E a senhora não teve a menor preocupação em eliminar do governo o Deputado Edinho Araújo, deputado de São Paulo e a mim ligado.
7. Democrata que sou, converso, sim, senhora Presidente, com a oposição. Sempre o fiz, pelos 24 anos que passei no Parlamento. Aliás, a primeira medida provisória do ajuste foi aprovada graças aos 8 (oito) votos do DEM, 6 (seis) do PSB e 3 do PV, recordando que foi aprovado por apenas 22 votos. Sou criticado por isso, numa visão equivocada do nosso sistema. E não foi sem razão que em duas oportunidades ressaltei que deveríamos reunificar o país. O Palácio resolveu difundir e criticar.
8. Recordo, ainda, que a senhora, na posse, manteve reunião de duas horas com o Vice Presidente Joe Biden - com quem construí boa amizade - sem convidar-me o que gerou em seus assessores a pergunta: o que é que houve que numa reunião com o Vice Presidente dos Estados Unidos, o do Brasil não se faz presente? Antes, no episódio da "espionagem" americana, quando as conversar começaram a ser retomadas, a senhora mandava o Ministro da Justiça, para conversar com o Vice Presidente dos Estados Unidos. Tudo isso tem significado absoluta falta de confiança;
9. Mais recentemente, conversa nossa (das duas maiores autoridades do país) foi divulgada e de maneira inverídica sem nenhuma conexão com o teor da conversa.
10. Até o programa "Uma Ponte para o Futuro", aplaudido pela sociedade, cujas propostas poderiam ser utilizadas para recuperar a economia e resgatar a confiança foi tido como manobra desleal.
11. PMDB tem ciência de que o governo busca promover a sua divisão, o que já tentou no passado, sem sucesso. A senhora sabe que, como Presidente do PMDB, devo manter cauteloso silencio com o objetivo de procurar o que sempre fiz: a unidade partidária.
Passados estes momentos críticos, tenho certeza de que o País terá tranquilidade para crescer e consolidar as conquistas sociais.
Finalmente, sei que a senhora não tem confiança em mim e no PMDB, hoje, e não terá amanhã. Lamento, mas esta é a minha convicção.
Respeitosamente,
\ L TEMER
A Sua Excelência a Senhora
Doutora DILMA ROUSSEFF
DO. Presidente da República do Brasil
Palácio do Planalto

segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Um novo Boa

Que me perdoem os dirigentes do América, mas ao ver as contratações do clube para a temporada 2016, a impressão que fica para mim é que o América é o novo Boa Esporte Clube.

Para quem não sabe, o Boa é um clube novo de Minas Gerais, quase sem torcida, e cujos plantéis têm uma marca registrada: são formados em sua maioria por atletas que queimam os últimos cartuchos na tentativa de deixar o franco declínio para trás. Aliás, até a comissão técnica só dá certo (quando dá) lá.

É bom ressaltar que a estratégia nem sempre foi fracassada, mas não lembro de uma grande conquista do Boa. Nem torcida ele consegue!

Aplicar essa estratégia de UTI dos desesperados num clube centenário, acostumado a conquistas e com uma torcida extremamente exigente revela que os dirigentes americanos são arrojados e não temem o risco de tal empreitada. Desde o treinador, que não deu certo em canto algum, até a chegada de Neto Potiguar e Ramon, afora outros encostados, inclusive ex-ABC, a exposição ao risco cresce exponencialmente e preocupa sobremaneira os torcedores americanos.

É claro que pode dar certo! Já vimos muitas bizarrices terminarem em conquistas. Mas os fracassos superam e muito o sucesso dessas misturas arriscadas, o que acende o alerta da torcida.

Apostar em jogador barato que jogava num clube qualquer, OK. Deu certo por aqui inúmeras vezes. Mas muito macaco velho reunido pode levar a safra inteirinha para o lixo.

É preciso cuidado com a tradição. O Boa não está para o futebol de Minas nem perto do que o América representa para o futebol do RN. O que funciona (?) lá pode ser um verdadeiro tiro no pé aqui.

Tite no RN

Abordei a questão da continuidade de jogadores e treinadores algumas vezes por aqui. Destaco duas vezes em que falei do América ainda com os campeonatos rolando: Um mínimo de estabilidade, por favor e Estabilidade é a chave, em março e outubro, respectivamente.

Agora todo mundo aplaude a fórmula mágica de Tite no Corinthians. Que tal voltarmos no tempo para vermos uma declaração dele em maio, após a eliminação na Libertadores e no Paulista: "Sobre reformulação temos que ter cuidado. Futebol não é assim, tem outro componente, a construção de uma equipe demanda tempo." (ESPN)

No Estadão de domingo, Tite falou sobre como montou o esquema vencedor:

"Não sou mágico, muito menos criei a roda. Eu só fiz adaptações, reciclagem e mudanças na equipe. (...) Dizem que o 4-2-3-1 é muito parecido, mas não é. O posicionamento do meio de campo no 4-1-4-1 é mais avançado e mexe na estrutura da equipe. O Renato Augusto, por exemplo, alterna movimentos ofensivos e defensivos com o Elias, que também ajuda na criação e na infiltração. (...) Quem joga pelos lados do campo tem características distintas. Um é agressivo e vertical. O outro é construtor e criativo. A Alemanha tem Müller e Ozil. Nós temos Malcom e Jadson. (...) No começo do ano, não imaginei que esse homem de criação seria o Jadson. Pensei que pudesse ser o Renato Augusto porque na Europa ele já tinha exercido essa função. Na sequência, o Jadson começou a fazer esse papel de maneira extraordinária. (...) A defesa com uma linha de quatro fixa, compacta, proporciona a 'Cavadinha' a todo instante. No City, o David Silva faz muito bem isso. Aqui, Danilo, Jadson e Renato buscam o mesmo. (...) O Barcelona faz pressão alta quando joga contra times que jogam atrás. O treinador demarca o campo na faixa intermediária e, durante 12 minutos, pede que os titulares não deixem os reservas darem mais do que cinco toques na bola. Se você ver Neymar, Messi e Iniesta fazendo essa marcação é impressionante. Os caras vão para dentro."

Perder Paulistão sem reformular equipe e comissão técnica? 4-1-4-1 com um jogador não tão vertical e o famoso poste isolado lá na frente? Craque da equipe marcando no lugar do volante? Craques fazendo treinos de 12 minutos de marcação pressão feita por eles? Tite não aguentaria um mês no futebol do RN. Seria tachado de enganador, retranqueiro ou professor Pardal. Ou os três juntos.

Voltando à continuidade, por aqui, fazia tempo que não via um treinador começar e terminar a temporada (Roberto Fernandes, América, 2015). Mas foi só uma andorinha. Em 2016, tudo indica que a normalidade voltará para América e ABC. A média é de 3 partidas de paciência. E neste ano a terceira rodada do estadual traz o clássico entre os maiores rivais centenários. Já estou com pena de Aluísio Guerreiro e Sérgio China.

domingo, 6 de dezembro de 2015

É preciso estar preparado

Ao longo dos anos, a vida me ensinou que quase tudo nela requer preparação. É preciso estar preparado até para receber um prêmio de loteria, sob pena de enlouquecer, cair em depressão ou terminar na miséria.

A leitura de um livro também requer preparação. Essa eu aprendi na faculdade. Dê um Caio Mário a quem dá seus primeiros passos no Direito Civil e a aversão será quase que instantânea. Algum tempo depois a leitura do mesmo autor torna-se extremamente agradável, quase como saborear um vinho para especialistas. Ou seja, se você achar algum livro difícil, volte a ele alguns anos depois.

A verdade também requer preparação. Quem bem retratou isso foi o excelente filme Matrix. Nele, um dos personagens não consegue conviver com a realidade de um mundo cheio de agruras e prefere voltar a ser mais uma pilha adormecida iludida pelo grande computador. O mundo dos sonhos, sabidamente irreal, era o seu lugar.

Não é preciso ir longe para encontrarmos gente assim todos os dias. Ser portador de uma verdade pode lhe transformar em inimigo dessa gente, afinal nem todo mundo deixa com tranquilidade a ilha da fantasia. Quem é assim defenderá com unhas e dentes a ilusão em que vive.

É uma angústia sem fim ter apego à verdade. No entanto, o pior é ter que aguentar aquele que gosta de mentir achando que você tem QI de dois dígitos. Ele está lá, cheio de si, achando que a inteligência de seus alvos é tão profunda quanto um pires e por isso jamais será descoberto. Nem percebe o camarote que se forma de gente que sabe que a preparação para a verdade ainda não chegou, mas chegará.

Quantas pessoas que conhecemos se encaixam num dos dois lados dessa descrição? Desde a sua casa até os maiores altares do poder, encontramos gente assim aos montes. Felizmente, não são maioria absoluta ou o mundo seria insuportável.

A mentira também requer preparação. É que o repertório não é tão vasto, especialmente quando se trata de tentar enganar quem vive de comparar palavras com ações. Afinal, como diz um ditado em inglês actions speak louder than words (as ações falam mais alto do que as palavras). 

Assim, é preciso estar preparado para lidar com mentiras, mentirosos e enganados. Às vezes, a união entre eles é tamanha que é melhor esperar que a vida encaminhe a melhor solução. Não valem o esforço. Pode ter certeza.

Mais dois filmes

Nessa semana, conferi dois filmes em cinemas diferentes: 007 contra SPECTRE no Cinépolis e Vai que Cola no Cinemark. Em ambos pelos menos uma decepção diferente.

007 contra SPECTRE tem o desenvolvimento esperado para um filme de James Bond. Bond girls (embora dessa vez a cena mais quente tenha ficado com uma Bond woman ao estilo "os melhores vinhos são os mais antigos"), explosões, supercarros, tetos desabando, cinismo exalando do agente e por aí vai.  Só que o enredo, no afã de retomar os filmes anteriores com Daniel Craig, termina por enfraquecer e muito a motivação do vilão. Senti-me enganada. Não fosse isso o filme teria acertado em cheio, uma vez que o diretor Sam Mendes não deixou a obra arrastada em nenhum dos longos 150 minutos.

Dessa vez, adicionei manteiga à pipoca do Cinépolis para ver se consigo entender como ela foi eleita a melhor do Brasil. Ainda não cheguei lá.

Sobre Vai que Cola, o filme não fez jus à série, que é pelo menos gravada perante público no teatro. Ambos entraram numa onda de metalinguagem (personagem falando da obra - criticando a cena, o texto, etc.) que eu considero pobreza de roteiro. Uma característica dos filmes de Paulo Gustavo é que tudo é centrado nele, não em seus personagens. Isso contribui para a adoção da metalinguagem. Não gosto.

Aliás, acho outra pobreza de recurso ator ficar esquecendo texto e demonstrando isso à plateia como forma de arrancar risos. Seu ofício é interpretar personagens de forma convincente, não mostrar ao público como errar é engraçado. O mesmo pode ser dito de ator que ri em cena para puxar a risada da plateia. Acho uma tremenda falta de profissionalismo. 

Sobre a pipoca do Cinemark, mais uma vez eu me questionei como a do Cinépolis foi eleita a melhor do Brasil. Deve ser porque quem escolheu gosta daquelas com firula - com molho de limão, por exemplo. Para mim, pipoca é a tradicional. E nesse quesito eu devo ter sido sorteada com dois lotes abaixo do padrão melhor do Brasil lá no Cinépolis.

Nesta semana, talvez eu confira O Presente no Moviecom. Gostei da sinopse e do trailer. Se assistir mesmo, eu conto se atendeu à minha expectativa.

sábado, 5 de dezembro de 2015

Péssima impressão

Segundo dia de Carnatal, transmissões ao vivo cada vez mais truncadas com propagandas intermináveis e entrevistas em que os entrevistadores querem falar mais do que os entrevistados, eis que a TV mostra a Band Natal e os entrevistadores falando com o cantor baiano Bell Marques. Com os entrevistadores também estava a cantora baiana Mari Antunes.

Os apresentadores falam ao cara sobre a música que a moça acaba de lançar. Ele simplesmente dá de ombros e fala da música dele. Depois de muito lengalenga, o apresentador, percebendo o desprezo do cantor em relação à cantora, resolve dizer quem era a moça, talvez na esperança de demonstrar que aquela era uma conterrânea e companheira de profissão, vocalista de uma banda de certa expressão (Babado Novo) e recebe de resposta "Mari Antunes?" e um absoluto tom de desprezo.

Um horror! Já não sou fã do estilo (Ivete escapa, mas não ilesa) e tendo visto tamanha falta de humildade e solidariedade em relação a alguém que está começando sua luta, a impressão que me ficou foi a pior possível. Nem um pinguinho de educação. A opinião que tinha sobre ele (cantor que costumava cantar as duas primeiras palavras da estrofe e deixar o resto a cargo do público) piorou e muito depois do ocorrido.

No mínimo, deselegante. Perdeu completamente meu respeito como ser humano. 

sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Escravos do tempo

Pode parecer clichê, especialmente por faltarem pouco mais de 20 dias para o fim do ano, mas tenho impressão de que nos tornamos escravos do tempo. Vivemos para ele e em função dele, sem nos tocarmos de que sua passagem fatalmente nos encurta a existência.

Torcemos para que ele voe. Que chegue logo a sexta; que venha o feriado; que cheguem as férias urgentemente; que o ano acabe depressa. Para quê? Corremos muito, mas sem destino. Ansiamos pelo amanhã e esquecemos que o hoje foi o amanhã de ontem. 

A vida vai passando não como uma sucessão de eventos significativos e, na medida do possível, diários, mas como uma corrida até o que vem depois. Estamos sempre apressados e sem tempo. 

De vez em quando tenho saudade de quando o tempo não se arrastava; ele nem parecia existir. Nada era mais interessante do que ver o curioso funcionamento do esguicho do jardim, levando água num verdadeiro balé até os cantinhos mais distantes da grama. Ou acompanhar as filas de formiguinhas até seu formigueiro. Comparar o reflexo das imagens em cada uma das bolas da árvore de natal.

Tudo isso seria perda de tempo hoje. O precioso tempo deve ser gasto com coisas mais importantes. Fiquei procurando o que seria mais importante do que viver e fazer valer cada segundo que passa...

Fechamos os olhos e o tempo de escola parece que foi ontem, mas já nos deixou há algumas décadas. Assim mesmo a faculdade, os nossos avós, os encontros diários com os amigos.

Que feitiço será esse que nos prende ao amanhã, nos faz desprezar o presente e depois traz arrependimento ante a observação do que passou de passagem por nós? Seremos um dia capazes de entender o tempo a ponto de dominá-lo? Vamos extinguir essa angústia coletiva que nos faz correr não sei para onde o tempo todo? Acharemos enfim a liberdade?

Falta seriedade

O Globoesporte.com divulgou levantamento sobre a média de trocas de treinador nas séries A e B do futebol brasileiro. Em 2015, foram 32 trocas em cada uma das duas séries, muito acima da média na A e abaixo na B. Apenas um treinador foi mantido do início ao fim da Série A: Tite (Corinthians). Na B, quatro passaram incólumes: Givanildo Oliveira (América-MG), Júnior Rocha (Luverdense), Dado Cavalcanti (Paysandu) e Léo Condé (Sampaio Corrêa).

Não se tem notícia de que isso aconteça em outros esportes ou mesmo em campeonatos sérios de futebol mundo afora. Só aqui no Brasil.

Eu tenho uma tese muito particular sobre qual seria o motivo. Para mim, dirigentes já contratam pensando em quem eles vão fritar quando as cobranças começarem. Já perceberam quanto tempo passa até alguém constatar que o problema é de qualidade do elenco? Enquanto isso não ocorre, é a burrice do treinador que não deixa o talento coletivo fluir. Essa lorota leva muito torcedor no bico.

Assim vamos vivendo de oscilação em oscilação, uma vez que, um trabalho que deveria durar no mínimo uma temporada para ser realisticamente avaliado, é utilizado como carta de garantia de dirigentes para suas duvidosas contratações e sobrevive no máximo de três a cinco jogos.

Nem a humildade de reconhecer que só há um campeão ocorre. Por aqui, o segundo colocado é só o primeiro dos últimos.

Sabendo que jogadores de futebol são um povo cheio de melindres, esse tipo de comportamento dos dirigentes brasileiros dá todo tipo de pano para as mangas de atitudes nada éticas em conluio com empresários. Num trabalho sério, o treinador é fulano sem choro nem vela, nem fita amarela. Quem espernear ou sai, ou fica encostado. Simples assim. Por algum motivo, o futebol brasileiro não se adapta à seriedade. No entanto, é inegável que tal ambiente de falta de seriedade só favorece a corrupção.

Não causa a menor surpresa o fato de que os clubes brasileiros estejam afundados em dívidas. Pena que só agora surjam as primeiras notícias de dirigentes envolvidos em corrupção. Mas antes tarde do que nunca.

É preciso enxergar que esse caminho de futebol caro, ruim, sem seriedade e envolvido em todo tipo de corrupção afasta quem paga pelo espetáculo. E depois que uma imagem ruim se forma, sua desconstrução para a formação de uma nova imagem limpa leva muitos anos. Infelizmente, acho que o futebol brasileiro ainda está longe de formar uma imagem limpa. 

quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Os melhores de 2015

Adoro essa polêmica de melhores do ano. Toda escolha reflete gostos pessoais. Basta ver as listas que rolam nessa época. Comigo não poderia ser diferente. Mas 2015 deixou algumas escolhas bem difíceis por falta de grandes opções, como as laterais.  Ou fáceis, como a de dirigente. Ou a de atacantes, que teve como parâmetro o número de gols marcados, ante a péssima fase na hora da onça beber água. Levando em consideração o que vi no Estadual, na Copa do Nordeste, na Copa do Brasil e nas Séries B e C, eis os destaques de 2015:

Goleiro - Pantera (América), apesar do frango contra o Cuiabá.
Lateral direito - Reginaldo (ABC), embora Maguinho (América) tenha feito um excelente finzinho de temporada.
Zagueiro central - Flávio Boaventura (América).
Quarto zagueiro - Zé Antonio Potiguar (América).
Lateral esquerdo - Arthur Henrique (América).
1.° volante - Judson (América).
2.° volante - Zé Antonio Paulista (América), apesar da patacoada contra o Confiança, que custou a classificação à fase seguinte.
Meia direita - Daniel Costa (América, atualmente no Santa Cruz).
Meia esquerda - Cascata (América).
Atacante - Kayke (ABC, atualmente no Flamengo).
Centroavante - Max (América).
Técnico - Roberto Fernandes (América).
Revelação - Mateusinho (América).
Jogo - ABC 0x1 América, no Maria Lamas Farache, no dia 02/05 (Final Centenária do Estadual).
Gol - Mateusinho (América 2x1 Vila Nova, na Arena das Dunas, no dia 30/08, Série C)
Dirigente - Marcelo Abdon (ABC), que teve coragem de sair da arquibancada direto para o departamento de futebol de um ABC combalido. Nunca se furtou a dar entrevista por causa de uma derrota.
Torcida - América, apesar de muito arredia, ainda proporcionou os maiores (ainda muito pequenos) públicos de 2015.
Canal - EI MAXX. A Série C finalmente tem cobertura em HD.
Programa de TV - Arena da TV Ponta Negra. De novo, nota 10 para o formato e para toda a equipe.
Rádio - Rádio Globo Natal. A justificativa é a mesma do ano passado: é a única rádio de Natal que ainda manda pelo menos alguns de seus profissionais averiguarem todos os jogos in loco.
Programa de rádio - Rádio Vermelho de Paixão (internet). Feita por torcedores e num formato interessante.
Jornal - Tribuna do Norte.
Site - Blog Marcos Lopes.
Apresentador (TV) - Camila Dantas (Arena - TV Ponta Negra).
Apresentador (rádio) - Sérgio Fraiman (Rádio Vermelho de Paixão).
Narrador (TV) - Jorge Igor (EI MAXX).
Narrador (rádio) - Marcos Lopes (Rádio Globo Natal).
Repórter  - Danilo Ribeiro (InterTV Cabugi).

Arthur Henrique, Judson, Daniel Costa, a torcida do América, EI MAXX (Esporte Interativo), Tribuna do Norte, Arena (TV Ponta Negra), Camila Dantas (TV Ponta Negra), Sérgio Fraiman (Rádio Vermelho de Paixão), Marcos Lopes (Rádio Globo Natal), Danilo Ribeiro (InterTV Cabugi) estão duplamente de parabéns: há 2 anos fazem parte da lista dos melhores.