sexta-feira, 30 de março de 2012

Frases da Semana

"Eu tenho pena daquele que é obrigado a viver com R$ 19 mil líquidos com esta estrutura que temos aqui."
Senador Cyro Miranda (PSDB-GO), sobre a aprovação do fim do 14.º e 15.º salários na CAE para parlamentares

"Se eu for punido, eu deixo o Abc."
Técnico Leandro Campos, sobre a confusão que criou no clássico contra o América em Goianinha ao chutar um squeeze na direção da torcida adversária e dizer cobras e lagartos ao 4.º árbitro. Ele voltou atrás no dia seguinte.

"O Adriano é nosso. Vai ser sempre."
Patrícia Amorim, presidente do Flamengo, sobre a inacreditável contratação de um jogador contudido, gordo e que não quer mais jogar profissionalmente, no sentido literal da palavra.

segunda-feira, 26 de março de 2012

Clássico nervoso

Os acontecimentos da semana já demonstravam a temperatura do clássico. Dirigentes de América e Abc trocaram picuinhas, jogadores do Abc deixaram o futebol de lado e partiram para o MMA, Flávio Anselmo xingou duas autoridades públicas do município de Goianinha (o secretário de esportes e o prefeito da cidade).

Na estrada e na entrada do jogo, tudo tranquilo.Dentro do estádio, pelo menos em relação aos torcedores, também. Mas quanto aos times... nervosismo à flor da pele. Ânimos pra lá de exaltados. Entradas duras, muita encenação, reclamação por qualquer coisa.

Raul tentou dar um coice em Junior Xuxa. Lúcio ao sofrer 3 tentativas de falta tentou dar um soco em seu marcador e ainda saiu distribuindo empurrões em quem vinha tirar satisfações.

Deprimente mesmo foi o técnico Leandro Campos. Distribuiu palavrões com o árbitro central e tentou chutar um squeeze na direção da torcida do América. Coitado do 4.º árbitro ao tentar repreendê-lo levou duas sessões de xingamento: uma antes de ele ser expulso e a outra depois. Até o batalhão de choque teve que ser chamado para o treinador enfim deixasse o gramado, já que ele insistia em ficar na boca do túnel.

O lance foi tão bizarro que os jogadores do Abc largaram o jogo para assistir ao circo de horrores de seu treinador. O árbitro apitou duas vezes para reiniciar a partida para que o zagueiro abecedista acordasse do transe que o lance proporcionou e cobrasse a falta.

O jogo em si foi bastante truncado, nervoso, mas com o América claramente querendo vencer, mas sem abrir espaço para contra-ataques. Foi o que se chama de um jogo de ataque contra defesa. Fez pena a falta de articulação do meio campo alvinegro. O tempo todo as bolas saíam da defesa para o ataque em ligação direta pelo alto. Os lances mais incisivos surgiam em cobranças de falta. Mas o único lance que poderia ter definido o jogo em favor do Abc surgiu num erro de saída do América que culminou com uma terrível furada de Raul dentro área, de frente para  Fabiano.

Do lado do América, mais lances poderiam ter resultado em gol. Ainda no 1.º tempo, Wanderley recebeu sozinho na grande área e bateu mascado para fora. Camilo fez algumas defesas em cabeceios e chutes. Fabiano só voltou a ter algum incômodo no 2.º tempo. Voltou a ser o Paredão.

Mas quando a frustação já batia em ver o placar zerado, eis que a bola passa por todo mundo na área abecedista e sobra para Pingo, que entrara no 2.º tempo, marcar o único gol do jogo e o primeiro com a camisa do América desde que aqui chegou ainda para a Série C do ano passado. América 1x0 Abc, tabu quebrado, adversários empatados na tabela e separados apenas por saldo de gols.

Na volta para casa é que surgiram alguns estresses entre torcedores. Inicialmente, a PRF presta um desserviço em paralisar a BR 101 pensando mostrar serviço ao parar todos os carros. Carros de abecedistas e americanos emparelhados aumentavam desnecessariamente a tensão entre ânimos exaltados e/ou frustados. Há relato até de que um segurança do Abc teria ameaçado vários carros - inclusive um ônibus de uma torcida alvirrubra - ao redor do ônibus da delegação alvinegra batendo com sua arma (ele tem porte para isso?) nos vidros dos transeuntes. 

No mais, a vida continua, o campeonato segue e a diretoria do América quer transformar o círculo em quadrado (ou vice-versa) ao tentar nos convencer de que havia apenas 2.400 torcedores no Nazarenão. Sei, sei. E  eu estou aguardando o coelhinho da páscoa para saber o que ele trará para mim!

quarta-feira, 21 de março de 2012

De volta à musculação

Os amigos que são de gentileza enorme por acompanhar as besteiras que de vez em quando escrevo por aqui bem sabem que eu compartilho muitas coisas. Muitas coisas mesmo. É que penso que a interação é natural ao ser humano. Daí ser tão apreciadora de Línguas e do Direito, duas coisas que só existem se existerem pelo menos duas pessoas em convívio. Uma só pessoa no mundo não precisa de leis para regular a convivência nem de língua para se comunicar.

Pois bem. Eis que, após toda a conspiração do universo (ainda em atuação, diga-se de passagem), estou de volta à musculação. Espantei-me para o bem e para o mal. Para o bem, com o fato de conseguir encarar o mesmo peso em alguns equipamentos após 3 ou 4 meses sem frequência de respeito. Para o mal, com o fato de uma mera esteira de 15 minutos me fazer suar. E muito!

Hoje acordei com os sinais do primeiro passo rumo ao fim do sedentarismo: dores em todas as fibras musculares forçadas ontem. Na verdade, essas fibras romperam-se para que outras maiores tomem o seu lugar. Sempre senti muito as pernas. Mas, reflexo do sedentarismo quase quadrimestral, estou sentindo mesmo os braços. Aliás, do abdome para cima.

No entanto, tenho que dizer que esta é uma dor boa. Daquelas que nos fazem sorrir. Somente menor (até na satisfação) que a que sentimos quando terminamos uma corrida. 

Mas tudo na vida começa de um pequeno primeiro passo. Neste caso, recomeça. 

Hoje já não fui no horário imaginado. A cabo vem fazer uma instalação aqui em casa. Se eu deixar apenas mamãe, já era... Mas vou à noite. Pode chover canivete! Na verdade, pode não, porque ninguém em sã consciência sairia de casa com lâminas afiadas caindo aos montes do céu. Mas que eu vou, eu vou.

segunda-feira, 19 de março de 2012

América 3x2 Corintians: minhas impressões

A contratação de Roberto Fernandes definitivamente fez bem ao América. O treinador pernambucano logo colocou o pingo nos "is" e desde o jogo do Horizonte é possível ver seu dedo no jeito de jogar do Mecão. Ele  acertou a mão na escalação e vem acertando cada vez mais nas substituições. 

No jogo contra o Corintians, ele escalou o melhor América possível: Fabiano, Norberto, Cléber, Edson Rocha, Wanderson; Ricardo Baiano, Márcio Passos, Júnior Xuxa e Jairo; Wanderley e Soares. Como ocorrera contra o Horizonte, o time mostrou um certo apagão na marcação no início do jogo e o galo seridoense não perdeu a chance e abriu o placar. Algumas almas sujas danaram-se a criticar Edson Rocha, mas qual foi a culpa do zagueiro se ele saiu para cobrir Wanderson (definitivamente não sabe marcar) e ninguém se arrumou no meio da área? O lance nem foi tão rápido, ou seja, os que ficaram atrás bateram cabeça.

Deixando isso de lado, coitado de Eli Soares. Jogador nada discreto (cabelo oxigenado e chuteiras laranjas "mamãe, eu estou aqui"), o lateral corintiano achou de dar tchauzinho para a torcida americana após o gol. Coitado mesmo! Não teve mais paz. Vaiado e xingado de Rita Loira e outros que não posso publicar aqui, ele teve que conviver com os tchauzinhos da torcida para ele com os gols marcados pelo América. A cada vez que pegava na bola ouvia vaias e/ou o irreverente "vai, Lacraia, vai, Lacraia". Uma diversão.

Voltando ao jogo, o gol mexeu com os brios dos jogadores do América. E numa prova de que Roberto Fernandes acertou mesmo a mão, Wanderley marcou logo em seguida e Soares fez um golaço para virar ainda no primeiro tempo. O América que nunca vencia se o adversário abrisse o placar (pelo menos, desde Fortaleza 1x3 América ainda na abertura da Série C), não só virou, como ampliou e dominou a partida. 

Aliás, o domínio americano era tanto que o Corintians se viu obrigado a fazer faltas na linha da área ou bem próximo a ela. Na primeira delas, o galo ficou com um a menos e Wanderson bateu direto quase da linha de fundo para ampliar. Na outra, o mesmo Wanderson foi empurrado dentro da grande área na cara do juiz e do péssimo auxiliar que fica do lado das arquibancadas altas. De nada adiantou. Os dois míopes marcaram fora da área. Míopes mesmo?

O segundo gol do Corintians surgiu de uma falha coletiva, com o time seridoense tocando como queria na grande área, e terminou com a falha de Fabiano, que ficou indeciso ao sair para abafar. Nada que abale o caminho vitorioso que o time de Roberto Fernandes parece determinado a traçar.

Outro ponto positivo foi a não utilização de Isac. Não gostei da entrada de Pingo no lugar de Norberto, que vinha muito bem, mas entendo que o treinador resolveu conhecer aquele jogador quando seu time vencia por 2 gols e ainda tinha um homem a mais. 

Também estreou o jovem Felipe Macena, com a saída de Ricardo Baiano por contusão. Aliás, Soares também saiu por contusão ainda no primeiro tempo. É torcer para que ambos estejam em campo 100% no próximo jogo.

Lúcio ontem demonstrou recursos técnicos ainda não conhecidos, o que dá ainda mais entusiasmo à torcida quanto à temporada americana. E é bom lembrar que só tem jogo do Mecão agora no domingo. É o clássico contra o Abc. Mais que o tabu, uma vitória por 2 gols faz o time de Roberto Fernandes subir mais uma posição na tabela sem precisar de outros resultados. Será que dá?

sexta-feira, 16 de março de 2012

Frases da semana

Agora seu Livre é Claro Fixo.
Claro informando aos clientes da Livre Embratel que agora todo mundo é cliente Claro (só o tempo dirá se isso é bom ou ruim)

Sei que o torcedor está chateado, mas a atitude do grupo já foi diferente e o time está mostrando evolução.
Roberto Fernandes, técnico do América, no Vermelho de Paixão , a respeito do jogo América 2x0 Horizonte (claramente, ele não se referia ao atacante Isac)

É melhor nem falar nada para não falar besteira.
Ronaldinho, jogador do Flamengo, na beira do campo, após o incrível empate do Olímpia, mesmo perdendo por 3x0

quinta-feira, 15 de março de 2012

Sobre América 2x0 Horizonte

É preciso separar o jogo dos pênaltis para que a avaliação seja o mais perfeita possível. Ontem, o América de Roberto Fernandes foi quase perfeito em campo. No início do 1.º tempo, talvez pelo nervosismo, o time mostrou falhas que quase resultaram em desastre, não fosse a intervenção de Fabiano, justamente apelidado de Paredão.

Passados 15 minutos, o América já era senhor absoluto das ações. O jogo passou a se desenvolver em apenas uma metade do campo: a que cabia à defesa do Horizonte. Nem lateral o time cearense consegui bater em paz. Em três lances, o Alvirrubro já retomava a bola. Deve ter sido angustiante para os torcedores do Horizonte. O time só batia tiro de meta e lateral. E rezava para que seu goleiro agarrasse tudo.

Todos os titulares de Roberto Fernandes merecem aplauso. Ok, Lúcio ainda não merece aplauso, mas já fez a torcida suspirar em lance no segundo tempo. Ah, quando o vaqueiro estiver condicionado... Fabiano foi milagroso, seguro e experiente como sempre em suas orientações. Norberto relembrou o ótimo futebol de 2010 com Dado Cavalcanti na Série B, mas pela lateral direita. Cléber e Edson Rocha queimaram minha língua e mostraram que são sim titulares deste time. Não deram nenhuma sopa para o azar. Edson Rocha chegou mesmo a conseguir interromper contra-ataques ainda no meio campo. Wanderson deitou e rolou na lateral esquerda e foi eficiente sempre que quis cruzar a bola na área. Pena que no 2.º tempo o Horizonte conseguir dar uma segurada nele por ali, mas não de forma absoluta.

Os volantes Márcio Passos e Nata apresentaram uma pegada ainda não vista, mas também pareciam reclamar mais do que o devido. Márcio Passos protagonizou o lance que decretou o destino do América: perdeu uma bola boba e teve que fazer uma falta merecedora de cartão amarelo. Era o segundo. A vida do time rubro, que havia sido facilitado com a expulsão de Hércules ainda no 1.º tempo, agora parecia encontrar nova ladeira.

Mas Júnior Xuxa e Jairo jogaram o fino da bola. Velocidade, arremates, passes desconcertantes. Só faltou o gol. E Júnior Xuxa acertar uma cobrança de falta. Aí era só correr para o braço. O mesmo se diga de Soares. Deixa os companheiros facilmente na cara do gol. Foi recompensado com a abertura do placar em passe de Norberto, que recebera lindo lançamento de Júnior Xuxa.

Mas os reservas... André Beleza anda longe do futebol que me encheu os olhos no ano passado, embora tenha estado mais atento no jogo de ontem. Wanderley anda perdendo bolas bobíssimas, mas continua com faro de gol, especialmente de cabeça (que impulsão tem esse baixinho!). Já Isac...

Isac é o que se pode chamar de supra-sumo do não futebol. Não passa, não domina, não arranca, não faz gol. Lançam a bola pra ele na frente; ele não chega. Jogam no pé; ele perde. Jogam no alto; ele não sobe. Não ganha uma disputa com a zaga. Só vejo uma especialidade nele: cruzar para a área e olhe lá. É isso mesmo que o América espera de um atacante?

Assim, vamos às responsabilidades. Roberto Fernandes tem crédito, acabou de chegar - é bom que se diga. O time mostrou um espírito para lá de guerreiro. Mas como mexeu mal. Na hora da expulsão de Márcio Passos, a tal recomposição não precisava ser imediata, pois o Horizonte não tinha mais coragem de avançar. Além disso, Júnior Xuxa vinha em noite inspirada. Se ele queria mesmo a entrada de André Beleza, deveria ter tirado Isac, que nada acrescentou. Muito pelo contrário, prejudicou inúmeras vezes, matando bons lances do América. Ninguém ia nem lembrar que ele acabara de entrar, especialmente quando o América marcasse o 3.º gol, nitidamente apenas uma questão de tempo. 

Quanto aos pênaltis, bastava olhar para aquela cambada de marmanjo ajoelhada no meio de campo para saber que não poderia dar certo. Os jogadores demonstravam grande exaustão e pareciam precisar apenas de uma intervenção divina, ao contrário dos adversários. Se eu fosse treinadora, jamais permitiria tamanha palhaçada! Ajoelhar é para quem quer rezar, não bater pênalti. 

Espero que lições tenham sido aprendidas, especialmente a de que Isac já passou da hora de ser dispensado. Único jogador a participar de todas as partidas, ele não demonstra a menor evolução. Chegou a hora de dar chance a Rivaldo, que também perderá bolas, mas certamente ganhará experiência, assim como ocorre com Wanderson.

Assim, parabéns aos titulares e a Roberto Fernandes pelo bom futebol proporcionado aos que foram ao Nazarenão. Puxão de orelha no treinador por ter tirado Júnior Xuxa e ter se atrevido a escalar o terrível Isac, em Wanderley e Wanderson por perderem os pênaltis e em todos os jogadores por ficarem de joelhos diante do adversário numa cobrança de pênaltis.

Agora, é pensar em repetir os acertos diante do galo do Seridó.

segunda-feira, 5 de março de 2012

Restaurante agradável

Pela primeira vez ontem, resolvi almoçar na estrada para Goianinha, já que o jogo do Mecão aconteceria às 16h no Nazarenão. Saí de Natal por volta das 13h40 e cheguei em Nísia Floresta, na maior tranquilidade, por volta das 14h.

Fui ao Camarão do Olavo, dica da minha querida irmã Jussara. O lugar é bem agradável: algumas árvores ao redor, vista para algumas granjas, silêncio só quebrado pelas conversas dos frequentadores. A comida então... supimpa! Recomendo demais o vatapá de camarão e o casquinho de carangueijo. Aliás, você pode pedir apenas porções de vatapá para comer como petisco. Vem com torradinhas. Uma delícia!

A cerveja é gelada, a caipirinha é gostosa e a água de coco (vendida em jarra) é natural. Até a coca-cola ainda vem naquelas garrafinhas de vidro. Refrescante demais para enfrentar o sol de Goianinha às 16h.

O atendimento é bem simples e acolhedor. O banheiro feminino é limpo e organizado. E o melhor: o local aceita cartão de crédito.

Gostei demais. E pretendo repetir a dose.