Carlos Aidar, ex-presidente do São Paulo, remexeu a polêmica em entrevista ao Diário de São Paulo, republicada pelo Estadão no domingo. Vejamos trechos:
Sobre Rogério Ceni: "Ou você joga o jogo dele ou está fora do jogo. Eu já achava que estava na hora de abrir espaço para outro goleiro no ano passado, mas houve uma baita pressão e ele ficou até agora. (...) O Rogério Ceni não deixava que surgissem líderes. Um exemplo era o Dória, que batia de frente com ele. O Rogério também não gosta do Pato pelo fato de ele ganhar muito. O Rogério marginaliza essas lideranças."
Sobre Milton Cruz: "O Luiz Eduardo quem descobriu com olhos clínicos foi o Milton Cruz. E quem fez o agenciamento? O filho do Milton. Eu deveria ter mandado embora o Milton. (...) Tive de proibir o Milton Cruz de levar o celular para o banco de reservas e para o vestiário, porque descobri que o Abílio Diniz ficava ligando durante o jogo para dar palpite sobre escalação."
Sobre Juan Carlos Osório: Não sei como ele ganhou o respeito incrível da imprensa e da opinião pública. Era um marqueteiro danado. Não repetiu o time uma vez em 22 partidas. Isso não é coisa de treinador, mas de alguém achando que o São Paulo é laboratório. (...) Eu sabia que ele fazia rodízio, mas não sabia que punha goleiro de centroavante, lateral no meio-campo. Se soubesse, não o traria. Só me arrependo de não ter mandado a mensagem no celular dele antes. Fui eu quem mandou ele parar de rodízio para definir logo o time."
Sobre Ataíde Gil Guerreiro, vice-presidente pivô de sua renúncia: "Houve uma tentativa dele de me enforcar. Tudo começou no sábado, quando ele foi na minha sala no Morumbi e gravou o tal áudio. Aí, no café da manhã de segunda-feira, da diretoria, ele veio dizer que o negócio do Maidana estava esquisito. Respondi que ele e o pessoal da base que tinham começado o negócio e que passei a negociar porque eles eram incompetentes e perderiam o atleta. Do nada, o Ataíde bateu a mão na mesa. Eu também bati na mesa e disse para ele parar de ficar com frescura. Perguntei na frente de todo mundo se o Julio Casares havia emprestado dinheiro para o Ataíde. Ele disse que sim. Aí, o Ataíde pôs as duas mãos no meu pescoço. Para me defender, acabei quebrando a cartilagem de um dos dedos da mão"
Sobre sua última passagem como presidente: "Foi um erro voltar ao São Paulo. Em 2014, eu estava numa zona de conforto, ganhava sem nem ir ao escritório. Não é fácil ficar ouvindo falarem mal da minha filha, da minha mulher. Me chamando de corno, viado, ladrão…"
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