Ontem tive a oportunidade de acompanhar um painel sobre Direito Desportivo no congresso da OAB em que uma das pessoas chamadas a debater era a advogada Michelle Ramalho, presidente da Federação Paraibana de Futebol.
Não a conhecia e fiquei encantada com sua clareza de ideias. Falou claramente sobre posicionamento da CBF que não permitiria que uma federação numa canetada reconhecesse um campeão sem terminar o campeonato ou mesmo que impedisse rebaixamento. Tudo teria que passar por unanimidade dos filiados. E como sabia que não haveria unanimidade para o último assunto, por exemplo, nem levou a discussão adiante.
A Paraíba hoje tem transmissão online e de TV para os jogos do campeonato, um esforço da presidente da FPF para levar as partes ao entendimento da situação nova de não haver público nos estádios, o que eliminou uma das rendas dos clubes. Convenceu os clubes de que seria mais valioso para todos a negociação coletiva.
Ela até defendeu que a abertura de shoppings traz o questionamento a respeito da abertura fracionada dos estádios, vez que é um ambiente ao ar livre e que poderia ter 2 mil pessoas devidamente separadas onde antes caberiam 20 mil.
Sobre a rigidez dos protocolos, disse que chegou a proibir prefeito que queria assistir a jogo de entrar no estádio nesta reabertura.
Michelle foi eleita em 2018 e em 2019 a final do campeonato feminino já estava na TV Tambaú para toda a Paraíba.
Enfim, a Paraíba fica aqui do lado, mas parece estar do outro lado do mundo.
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