Foi a primeira vez que voei a partir do novo aeroporto de Natal. Não tive muito tempo para impressões: cheguei com o check in quase encerrando. Pelo menos foi tudo rápido.
Também foi a primeira vez que sobrevoei Fortaleza. E, que me perdoem os amigos cearenses, mas Fortaleza é muito feia de cima. Quem sabe um dia desfaço em terra a imprensão do ar.
Sofri demais com a diferença de pressão no voo. Por isso criei uma devoção à American Airlines. Nenhum incômodo quando voei com a companhia americana. Já com a TAM (agora Latam)... Para completar, o voo que adquiri era direto, mas a Latam mudou umas mil vezes até me deixar num que vai e volta por Fortaleza. Ou seja, dois pousos e duas decolagens na ida e dois pousos e duas decolagens na volta.
Pobres ouvidos. Imaginem então eu estando gripada... tortura! Fortaleza é muito perto de Natal pelo ar. Isso quer dizer que o voo leva praticamente 50% do tempo subindo e os outros 50% descendo. E o procedimento de pouso no Rio foi praticamente em cima da cidade, muito semelhante a um mergulho de montanha-russa.
Outra coisa triste é a crise. E a Latam não escapou dela. Nada mais de balinha antes do pouso e da decolagem. Quem quiser que leve seus confeitos. E o almoço? Lembrei das Thank you notes do Tonight Show com Jimmy Fallon. O tempo todo eu ouvia na minha cabeça: "Thank you, Tam, for teaching me that I can have a roll with cheese and smoked ham and a small cup of Coke Zero and call this lunch" (obrigada, Tam, por me ensinar que posso comer pão francês com queijo e presunto defumado e tomar um copinho de Coca Zero e dizer que almocei). Assim que chegar a Natal eu atualizo essa postagem com a foto do almoço (deixei o cabo da câmera em casa).
No aeroporto, temerosa das brigas de taxistas, comprei minha corrida de táxi até Copacabana logo na sala da esteira. R$ 130. Ao sair, da sala, vi outro estande de táxi comum com a mesma corrida por R$ 74. "Whatever" (tanto faz), pensei. Pelo menos fomos bem tratadas, o carro era confortável e o taxista um simpático flamenguista secando o Vasco (estava ouvindo no rádio Vasco x Tupi). Ficou interessado em saber nosso time. Ficou surpreso em saber que o América de Natal não está na Série B.
Na chegada, como nos ouviu comentar sobre a Lapa, ofereceu seus serviços. Deu o número. Perguntei quanto seria mais ou menos a corrida. Mais ou menos R$ 50. Agradeci, mas não dei certeza.
Fomos muito bem recepcionadas no Hotel Savoy Othon, que fica na Av. Nossa Senhora de Copacabana. Muito bem localizado, segundo os meus parâmetros, por sinal. Ótima dica de Izabel da CVC. O carregador de malas, extremamente atencioso, nos deu uma aula sobre tudo o que havia no quarto. A recepcionista também foi muito simpática. Segundo Janaina, era só fechar os olhos para ter certeza de que Anitta era quem nos atendia, com o típico sotaque carioca.
O wifi não nos deixa na mão. O frigobar funciona de verdade. O quarto é limpo e agradável. Melhor do que eu esperava. É que normalmente quando deixo a CVC indicar o hotel posso ter certeza de que vem uma bomba. É o que a experiência me mostra. Mas Izabel da CVC já sabe meu nível de chatice e que eu sempre confiro o TripAdvisor para não passar mais por isso. Dessa vez me indicou um hotel em que ela já esteve e bastante apropriado a quem viaja com mamãe.
Já instalada no quarto, decidimos ir logo à Lapa. Era sábado. Perguntei ao carregador de mala uma ideia de preço da corrida até lá. Ele chamou um operador de turismo de lá e fomos por R$ 40. Ele nos deu um mini city tour por esse preço. Gostei.
Na Lapa, a indicação era o Carioca da Gema e mais dois. Mas, como digo nos Podcasts, sou Raissa, o que significa uma tendência a espírito livre. Ficamos no Boteco da Garrafa. Adoramos. Nunca comi cebola com tanta felicidade na vida. Filé aperitivo no pão italiano. Uma delícia muito bem-vinda para quem almoçara pão com presunto. E há tempos abusei cerveja, mas não resisti à Original bem geladinha. Também provamos pastel de picanha e pastel de camarão. Tudo aprovado. Adorei o público. Estamos pensando em ir novamente para conferir as dicas, inclusive a de alguns cariocas, e um outro que achei interessante. Vai depender do clima.
Sobre a Lapa, eu imaginava outra coisa. Não chegou a ser decepcionante. É uma Ribeira melhorada, porém com bares mais legais.
A volta, aproveitei a dica de Stephanie, e pegamos um táxi do outro lado. Foi bom Janaina já ter decorado as ruas próximas ao hotel. O taxista não tinha certeza (ou nos testava) de onde era. Bastou apontar a rua e nossa corrida ficou em R$ 28 e uns quebrados. Demos R$ 30 e não pedimos troco, que ele já ia nos dar.
Próximo ao hotel há uns hippies com um gatinho na coleira que é uma graça. Assim acabou o primeiro dia.
Escrevo sobre o resto já, já.
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