quarta-feira, 25 de maio de 2016

Agora o foco é um só

Certamente dói uma eliminação como a do América. Erro crasso de arbitragem, 10 contra 8 na linha, cera excessiva do visitante... Financeiramente também é um revés considerável. Só de cota, R$ 300 mil foram embora. Mas a lamentação termina aqui.

Os R$ 300 mil podem ser facilmente recuperados se essa equipe engrenar, como vem ocorrendo. 2 partidas, 2 vitórias. E jogando bem enquanto o fôlego de um time ainda desentrosado e sem ritmo de jogo deu. A torcida reconheceu o empenho e ninguém recebeu uma única vaia. Pelo contrário, aplausos e gritos de incentivo. Sinal de que a poderosa sinergia torcida-América que empurrou o time para tantos acessos começa a botar as manguinhas de fora.

O próprio treinador já dava sinais na entrevista do último treino de que a eliminação não seria algo assim tão terrível. Pelo menos não tecnicamente. Ele se referia à falta de treinamentos por jogar quarta e domingo com um time que ainda está se conhecendo e que nem adquiriu o que ele pretende. 

Ou seja, se o foco do ano 2016 é subir, tudo agora se encaixou. O América venceu, convenceu, mas não passou da boa equipe do Gama. E depois do jogo no sábado contra o River, Sérgio China terá sempre uma semana ao seu dispor para deixar o time na ponta dos cascos na luta pelo acesso.

Do jogo, gostei de quase tudo. Só não gostei de Mateusinho. O futebol dele desapareceu assustadoramente. O próprio time o desprezou depois de muita firula e individualidade e pouca produtividade. 

Também não gostei da entrada de Lúcio. Achei um exagero de Sérgio China, embora entenda a motivação.

E o que um lateral que sabe cruzar não faz, né? 2 gols de cabeça de Luiz Eduardo, 2 passes (não posso classificar aquela perfeição de cruzamento) de Everton. Um partidaço, mais uma, do lateral. A referência também serve para Raphael Toledo e Elias, enquanto o fôlego dos dois deu.

Claramente o time ainda precisa de volantes (quem jogará na eventual impossibilidade de Bruno Formigoni ou Memo?), zagueiros (pelo menos mais um), uns três laterais (um direito e dois esquerdos), e pelo menos um meia, um atacante de beirada e um centroavante. A análise vem da falta de opção no banco e a possibilidade de mais gente no DM.

Imagino que a diretoria esteja esperando o fim de alguns contratos em maio e o fim de alguns campeonatos, como o Paraibano, para anunciar o resto das contratações. Mas se alguém mais se machucar ou for suspenso a coisa ficará dificílima.

De todo jeito, é claro o novo momento do América: concentração total para subir para a Série B. 

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