Com a chegada do técnico do América Leandro Campos a Natal, certamente a série de entrevistas vai aumentar. Primeiro, foi a da Tribuna, sobre a qual teci comentários no Podcast de domingo. Agora, foi ao repórter Marcos Lira, da Rádio Globo Natal, reproduzida no blog Marcos Lopes, cujos principais trechos seguem abaixo:
Chegada a Natal mais cedo
Nós estamos chegando inclusive 13 dias antes do início da apresentação dos atletas. E o nosso objetivo nessa apresentação é fazermos as reuniões necessárias com a direção, fazermos o nosso planejamento de trabalho, também incrementarmos mais a possibilidade de nós fazermos contratações para fortificar a qualificação da equipe. Então, tudo que for necessário, tudo que for possível de se fazer com relação aos nossos objetivos, às nossas intenções no ano de 2018, nós vamos procurar realmente fazermos o nosso melhor nos baseando em cima de uma fundamentação de trabalho. Não adianta nada nós usarmos o sentimento em cima do que passou. Nós temos que, a partir de agora, sermos profissionais, sermos inteligentes pra podermos realmente contratar certo, pra fazermos o planejamento certo, pra que a equipe realmente possa ter um ano, uma temporada de 2018 com seus objetivos concretizados. Esse seria o nosso objetivo principal, realmente, que é buscar essa sequência , onde nós chegaríamos aos objetivos do América."
O grupo que começa a pré-temporada
"Na verdade, nós temos aí uma estrutura de pelo menos 80% que nós iremos contar para o ano de 2018, temporada de 2018. É lógico que alguns detalhes ainda faltam em relação a essa composição de grupo. O que eu quero dizer é que o mercado hoje, ele se apresenta numa condição muito inviável porque os jogadores estão muito valorizados e, infelizmente, hoje, nós estamos numa divisão que não é um atrativo pra alguns jogadores de um nível melhor. Eu me refiro a jogadores de Série B e até mesmo de Série C, dependendo dos casos. Nós temos conversado bastante com vários jogadores e muitos deles preferem às vezes ficar naquela condição de incógnita em relação à condição financeira do clube [em] que eles estão neste momento do que às vezes vir para o América, não pela questão financeira do América, não pela grandiosidade do América, mas sim por questão deles estarem disputando uma competição, dentro da graduação, pouco melhor. Mas, de qualquer forma, nós estamos trabalhando com muito afinco juntamente com a direção. A direção não está medindo esforços. É lógico que a gente sabe das condições financeiras hoje do América. E é um clube que vai fazer as coisas, as contratações sempre com os pés no chão, e é muito importante que a gente possa manter essa linha de conduta porque, muitas vezes, se projeta um orçamento muito maior, e às vezes não se consegue cumprir os seus compromissos, e esse não é o objetivo do América. O objetivo do América é pagar pouco, mas pagar em dia. E também temos, dentro desse planejamento que nós estamos montando, esse alicerce, essa condição de darmos também oportunidades para os jogadores da base. É lógico que não resolve somente ser jogador da base; precisa se ter qualidade. Mas eu acho que é muito importante nessas dificuldades que nós estamos encontrando, nós também valorizarmos um pouco mais os jogadores da base do América, que foram campeões estaduais, vão participar da Copa Nordeste de clubes, vão participar da Copa São Paulo. Então nós vamos ficar realmente atentos e observando o desenvolvimento de cada um deles para que esses mesmos atletas, eles possam maturar dentro dessas competições de um nível bom, um nível alto. Isso aí só será benefício para que os nossos atletas venham mais prontos pra poderem incorporar ao departamento de profissionais.
A saída de jogadores da base (leia-se: Marcelinho)
Agora uma coisa, lógico, que me deixa um pouco chateado e até mesmo, infelizmente, nós temos que abordar esse assunto, é que infelizmente os jogadores começam a se destacar nas categorias de base e infelizmente os empresários tiram proveito dessa condição. Então hoje nós temos jogadores que saíram do América por questão de o empresário achar que era mais interessante ir pra outro clube. Então isso aí dificulta muito. Muitas vezes se investe na base, se dá essa condição pro atleta de base, mas os empresários, que são os seus procuradores, acham muitas vezes melhor uma outra condição. Isso aí naturalmente desqualifica todo um trabalho, toda intenção que nós teríamos de fazer um trabalho um pouquinho mais efetivo nessa valorização dos jogadores da base. Então, infelizmente, a gente sabe que o mercado hoje é isso. Um clube não tem condições de fazer com um atleta juniores um contrato muito longo e, quando acaba essa contrato, ou está próximo de acabar, realmente os procuradores e empresários muitas vezes direcionam o futuro desse jogador, que não é a continuação no seu clube de origem. Então, tudo isso aí nós temos que atentar, organizar, analisar para que nós possamos realmente achar o caminho certo pro América.
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