terça-feira, 24 de outubro de 2017

"Nós não sabíamos"

A única voz oficial do ABC a falar sobre a crise que culminou na greve dos jogadores foi o vice-presidente Leonardo Arruda. 

No programa Arena, da TV Ponta Negra, Leonardo falou o seguinte, segundo transcrição do blog Marcos Lopes:

"A gente lamenta muito chegar nesta situação. Muitas coisas são reflexo da falta de resultados, futebol é resultado e quando estava tendo bons resultados, com a recuperação da hegemonia do futebol potiguar e do acesso, isso não aparecia, mas as dificuldades sempre foram grandes. Foi feito o CAEX (Ato Trabalhista) que no princípio todos os débitos seriam canalizados neste Ato, mas muitos casos sequer foram apreciados. Alguns acordos feitos de forma amigável tiveram que ser cumpridos com vários jogadores daquele elenco de 2015 e outros de 2016 que nós rescindimos os contratos, e tudo começou a dificultar a entrada de recursos dentro do ABC. De uma hora para a outra começou a haver uma sucessão de bloqueios de contas do ABC. Pela flexibilidade da Justiça do Trabalho alguns atletas apresentaram reclamações onde moram, Mateus Cancian esteve aqui em 2013 e para surpresa nossa teve bloqueio das contas do ABC por uma ação trabalhista dele em Santa Rosa no Rio Grande do Sul. Houve bloqueios de contas pela Justiça do Trabalho do Ceará, Brasília, Salvador. Foi quando o time começou ter queda vertiginosa no Brasileiro e tudo piorou ainda mais. (...)  Teve planejamento sim. Se faz planejamento para ser cumprido, mas nós não sabíamos que existiam tantas reclamações trabalhistas, que tiveram que ser feitos acordos judiciais para liberar as contas do ABC e isso tirou o nosso fluxo. Para você ter uma ideia das dificuldades, nos dois ultimos jogos no Frasqueirão, a casa do ABC, tivemos um prejuízo acumulado de 8 mil reais. Pagamos para abrir os portões e jogar na nossa casa."

Ao portal Agora RN, Leonardo Arruda falou especificamente sobre a greve:

"Ficamos surpresos com a decisão tomada ontem pelos jogadores através do Sindicato. Digo isso porque nada nos foi passado em relação a essa possibilidade. Tudo que ficamos sabendo - e estamos sabendo até agora - nós descobrimos através da imprensa. O que posso falar neste momento é que nós estamos aguardando os desdobramentos do caso e continuamos fazendo reuniões diárias para tentar controlar a situação. Estamos buscando recursos para quitar pelo menos um mês de salários, muito embora saibamos que isso não iria sanar de vez todos os nossos problemas."

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