quinta-feira, 19 de outubro de 2017

Inocência

Às vezes custo a acreditar na inocência dos dirigentes do futebol potiguar. Olhando a mais nova polêmica que envolve o ABC, o caso do jogador Matheus, a impressão que tenho é que a direção alvinegra anda no mundo da lua. 

Se é certo que a fase horrorosa deve mesmo ser utilizada para dar espaço aos talentos da base, é absolutamente assustador que o clube entenda que certos garotos podem disputar a Série B sem um contrato profissional, que nem deve ter custo muito elevado quando fechado antes do garoto entrar em campo. 

Ora, até com contrato há casos em que a renovação é extremamente dificultada quando o jovem começa a despontar no futebol profissional, mesmo que entrando aqui e ali. No caso do jogador Matheus, o menino mostrou potencial em duas partidas sem que o clube tivesse se dado ao trabalho de movê-lo da categoria amadora para a profissional . Agora, depois de Inês morta, o presidente Judas Tadeu afirma que ele só volta a campo se assinar contrato profissional porque não daria vitrine a jogador de empresário (como se todos não o fossem...). Se o menino se destacou, não há mais que se falar em vitrine quando o interesse de outros clubes já existe. 

Posso estar enganada, mas me parece que a inocência de quem define a subida de jogadores da base do ABC para o profissional (ou de quem decide os contratos) deixou o clube a ver navios. E tome prejuízo!

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