quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

Como sempre


Fiquei super em dúvida se ia ou não assistir a Sully no cinema. A história me atraía e muito. Afinal, não é sempre que vemos no cinema um filme retratar uma história a que assistimos praticamente ao vivo nos telejornais. 

E que história! O cara pousar um avião com 155 pessoas a bordo no rio Hudson, em Nova Iorque, e sair todo mundo vivo é uma coisa para ser mesmo celebrada. 

Então, por que a dúvida? É que Sully estava com uma sessão tarde demais para o meu padrão neste fim de ano.  Para completar, vi uma rápida sinopse e lá estava a duração: 96 minutos. Normalmente filmes ruins têm pouca duração. O estúdio corta tanto a desgraça que ele sai no padrão 1h30. Botei os dois pés para trás.

Mas aí o danadinho apareceu numa sessão às 19h15 no Cinépolis. Balancei. Quando fui olhar a sinopse novamente, vi um detalhe que fez toda a diferença: o nome do diretor. Clint Eastwood sabe contar histórias, com h mesmo, já que ele adora as que são baseadas em fatos reais. 

1h30 para um cara como Eastwood é tempo mais do que suficiente para ele deixe o filme exatamente como ele tem que ser. Como fazer suspense num filme cujo final é conhecido? Eastwood sabe. Como aprofundar certos dramas com apenas 1h30 de duração? Eastwood sabe. Enfim, como fazer 1h30 valer a pena? Eastwood sabe.

Vou mais além: como faz bem assistir a um filme cuja história tem um final verdadeiramente feliz.  É disso que estamos precisando no mundo: que mais histórias reais e em cujo final o bem vence sejam compartilhadas por aí. 

Tom Hanks e um irreconhecível Aaron Eckhart estão absolutamente convincentes nos papéis de piloto e co-piloto. Destaque para uma coadjuvante que me impressionou: Anna Gunn. Interpretando Elizabeth Davis, ela captou minha atenção na cena da audiência pública. A tensão do momento era visível em seus lábios. Show!

Enfim, valeu a pena assistir a Sully. Clint Eastwood arrasou novamente. Como sempre.

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