domingo, 11 de dezembro de 2016

Agora presta

Era tanta coisa para o Podcast de hoje que terminei sem conseguir falar sobre a volta de Echeverría para o ABC. Na verdade, eu falei a respeito, mas deixe de fora o aspecto mais interessante do fato.

Quando Echeverría, ou seu empresário, achou que poderia tirar na sorte grande na hora de renovar com o ABC, choveram críticas não só aos valores da negociação, mas ao futebol do paraguaio. Houve até quem arriscasse dizer que o Echeverría não faria a menor falta ao alvinegro.

Não entrei nesse time. Não gosto da deslealdade do paraguaio, que já entra de punhos fechados nos adversários, atingindo o que puder com as mãos, mas de talento suficiente para deixar essa deslealdade para outros. Echeverría provou sim seu valor na temporada que ora se encerra.

O ABC também viu valor no paraguaio, tanto que retomou negociações e acertou sua volta. Fico imaginando a cara de tacho de quem dizia que ele não faria a menor falta. Como comemorar o reforço se há poucos dias o cara era dado como estorvo do time pelo simples fato de ter pedido muito alto?

Estou aguardando o mesmo giro de 180° nas opiniões dos comentaristas se Lúcio Flávio não voltar. 

A imprensa natalense precisa aprender a deixar a paixão de lado para analisar certas coisas. Isso fica bem na mesa de bar, para puxar assunto com os amigos torcedores, mas não em comentários profissionais. Ou teremos todos a impressão de que é o ato de fechar contrato com o ABC que qualifica um jogador.

Um comentário:

  1. Se o paraguaio não permanecesse, diriam isso e aquilo da diretoria. A imprensa, no seu papel de blindar os seus preferidos, já faz as críticas ao jogador para amenizar a "barra" do dirigente. Ou seja, se o jogador não permanecesse não seria por falta de empenho da diretoria, mas pela pequena importância do jogador para o clube. Sempre foi assim, sempre será assim.
    ADAIL PIRES

    ResponderExcluir