Criei uma pausa no congresso sobre processo civil, já que agora o assunto soa para mim como "técnica para fazer florzinha na petição inicial". Não gosto de firula. Ou o direito é bom e bem explicado, ou não tem firula que dê jeito. É quase como um ditado de quando surgiu o filme 3D em Hollywood: " If you can't make it good, make it 3D" (algo como se não dá para fazer um filme bom, faça em 3D).
Aproveito essa pausa para falar de coisas materiais que ultimamente caíram na categoria "queria" da minha vida. A primeira delas é uma bicicleta. Andei muito quando criança. A única que tive que era minha mesmo tinha rodinhas. Depois passei para uma que pertenceu à minha irmã, 8 anos mais velha. Depois nem sei mais o que houve com a Monark dobrável.
Aí o tempo passou e eu passei a ter medo de andar de bicicleta, talvez por ter virado motorista de carro. Também tem o fato de que nunca fui muito chegada a bicicletas estilo mountain bike, com suas 1.500 marchas, ou com aquele quadro altíssimo, desafiador para alguém de pouca altura como eu. Até comprei uma há alguns anos, mas mal dei 5 voltas com ela. Terminei trocando com um entregador de material de construção que veio aqui por alguns sacos de cimento.
Só que o estilo retrô agora é moda e lá apareceram online para mim gracinhas com cestinha e bagageiro. Queria. Assim mesmo, no futuro do pretérito, porque elas só existem com aro 26, não indicado para (os joelhos de) uma pessoa adulta.
Outra coisa da categoria é um carro elétrico. Com a gasolina beirando os R$ 7, ter um carro que pode ser carregado na tomada, além do alívio para o meio ambiente e para nossos pulmões, é um tremendo alento para o bolso. Até para os ouvidos, porque só se escuta o rolar dos pneus no asfalto, a ponto de um veículo desses parar e a pessoa que o dirige sem costume achar que o motor "estancou".
Mas o custo de uma belezinha dessa anda na casa dos R$ 200 mil. Para quem já acha que as fabricantes de veículos com motor a combustão enlouqueceram com valores abaixo disso, mas também na média dos R$ 100 mil, imaginar um carro pelo dobro desse valor e sem muito requifife é a certeza da perda de juízo, ainda mais na crise atual.
Também queria outras experiências, como voltar ao cinema, ir à feira de livros, ver uma peça de teatro, mas nem a pandemia, nem minha imunidade incompleta da vacinação me permitem. Então a lista de desejos no futuro do pretérito vai aumentando e vou aprendendo a lidar com ela. Assim espero.
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