"Esse foi o clássico mais cruel da minha carreira"

O técnico Renatinho Potiguar participou de entrevista coletiva após ABC 3x1 América.

ABC 3x1 América

A gente fez um bom jogo. Não precisa eu estar aqui dizendo o que qconteceu no jogo. Todos vocês estão bem cientes. Vai ser muito unânime a minha fala aqui sobre essa partida, uma partida em que a equipe do América foi bastante superior os dois tempos, mas infelizmente em clássico não se pode errar tanto como a gente errou. Isso foi o lado negativo. A gente vem tendo algumas falhas, principalmente no setor defensivo. O primeiro gol que a gente tomou é quase inadmissível você tomar um gol daquele no clássico, mas aconteceu, faz parte. A gente está bem ciente, bem tranquilo. Eu acho que a produtividade da equipe nos traz uma confiança muito grande. Agora, futebol muitas vezes é cruel. Eu participei de mais de 15 clássicos como atleta e esse foi o clássico mais cruel da minha carreira. Uma equipe que produziu muito, o América, mas o adversário foi 3, 4 vezes e fez 3 gols. Então, o resumo do jogo basicamente é isso.

Quebra da invencibilidade

Uma palavra de confiança. Uma equipe que faz um jogo como a gente fez e perde a partida, a gente naturalmente sai triste, mas eu saio do clássico, apesar da derrota, triste pela derrota, feliz pela produtividade e triste pelo número de erros que a nossa equipe teve. Mas no contexto geral eu acho que a nossa equipe teve uma evolução muito boa e a perspectiva nossa é muito boa. 

Weslley Smith x Patrick Alan

Para vocês que não sabem, Weslley ficou quase 5 dias com diarreia, com vômito e voltou a treinar na quinta-feira. A gente preferiu colocar um jogador que estivesse inteiro, já que era um jogo muito importante e com a virose em 5, 6 dias, você fica um pouco debilitado. Patrick entrou e fez uma grande partida como vem fazendo em todos os jogos em que tem entrado.

Produção ofensiva

Dentro do jogo, houve uma normalidade. O que foi anormal foi o número de erros que a gente teve no quesito dos gols. Muito erro pontual em que o adversário também teve seu mérito - foram 3 ou 4 vezes e fizerem 3 gols. Então isso foi que pesou. Num clássico você não pode ter esse número de erros que a gente teve e o adversário foi perfeito também nas finalizações.

68% de posse de bola

Dentro da minha carreira como atleta, agora como técnico, num jogo grande como esse, foi um dos jogos que eu saio mais decepcionado, não pelo quesito da equipe, mas pelo resultado. Mas futebol é muito dinâmico. No clássico, apesar do adversário ter tido pouca produtividade, ele foi muito eficiente e tem suas qualidades também. Mas a nossa perspectiva para frente é boa. Eu estou muito confiante, muito satisfeito com o trabalho, com a evolução do trabalho e agora é acalmar todos os atletas que saem também com o pensamento muito negativo porque sabem o que fizeram dentro de campo. Isso é o que pesa mais. Mas a gente está bem tranquilo e no desenvolver a gente vai passo a passo. Uma partida dessa nos traz uma confiança muito grande para o objetivo maior.