Sempre que coloco um filme francês para assistir com alguém, eu já faço o alerta: é francês. Com isso, eu já estou passando a mensagem de que teremos uma nudez exagerada feminina, especialmente com cenas de sexo sem qualquer encaixe na estória, por mera exploração mesmo, além de que certamente teremos um fim abrupto, sem clímax ou quase isso.
No caso de A Prima Sofia, disponível na Netflix, posso acrescentar trezentas mil cenas de gente fumando. E aí eu não entendo por que reclamaram tanto quando a série Emily in Paris colocou alguns cigarrinhos em bocas francesas.
Não posso dizer que o filme é ruim. Não é. É bem diferente. O problema é que ele foge muito da sinopse apontada. A ideia era de uma prima recatada que se encanta com a vida ousada da tal prima Sofia e passa a questionar seus valores.
Esse questionamento de valores o filme ficou devendo. Deveria ser o grande enfoque, mas ficamos mesmo com o estranhamento/encantamento que a vida da prima Sofia causa em Naïma.
E quando tudo poderia ser melhor trabalhado pelo menos na parte final do filme, passa-se por cima de qualquer reflexão e o filme acaba.
Vale pelo choque de realidades, vale pelo nada com que muitos homens comparam as mulheres e só. Se não tivesse sido feito, e é triste escrever isso, A Prima Sofia não faria a menor falta.
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