Dizer que a polonesa Marie Curie descobriu os elementos rádio e polônio e a radioatividade não dá a mais vaga ideia das lutas que ela travou para tanto e o que tudo isso lhe custou.
Dizer que não queriam lhe dar o Nobel (mulher, né?), mas deram, apesar de que apenas o marido fez discurso e que depois lhe deram outro Nobel, mas não queriam que ela, viúva há alguns anos, comparecesse à cerimônia, pode ajudar a entender um pouco. Dizer também que ela morreu como consequência de suas descobertas dá uma medida de como a vida pode ser magnânima e cruel ao mesmo tempo.
Seu brilhantismo é inegável. Sua força interior talvez não seja tão conhecida. Para isso, a Netflix tem a solução: Radioatividade, filme com a ótima Rosamund Pike como a cientista que não levava desaforo para casa sobre seu trabalho e não parecia se incomodar com a opinião dos outros sobre sua vida pessoal.
A narrativa nem sempre é linear e às vezes avança para eventos ocorridos após a morte de Marie Curie. São mais de 2 horas que poderiam ter sido encaixadas em menos tempo. Nada disso apaga a necessidade de um filme que revela um cérebro e uma alma tão marcantes que passaram longe de uma vida florida.
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