segunda-feira, 13 de junho de 2016

O deprimente futebol brasileiro

Nem vi Brasil 0x1 Peru todo. Dormi no meio do jogo. Achei até que tudo nem ia tão mal. Mas nada no futebol brasileiro atual lembra as épocas de outrora. Quer dizer, nada é exagero. Imprensa e dirigentes mantêm vícios.

Dunga talvez seja a unanimidade da vez como grande culpado de mais um vexame. Não tem mais clima. Vai cair. Mas, já falei, a safra é ruim. Seria necessário um treinador que de fato entendesse do riscado, coisa quase inexistente em solo brasileiro. Aqui se imagina que treinador só perde jogo, não ganha.

Pois bem. Talvez Guardiola fosse o nome mais indicado no terreno da teoria. É teoria mesmo. Sabem quando um treinador estrangeiro dará certo na seleção de futebol? Alguém tem ideia do quanto a imprensa criaria dores de cotovelo porque o cara faz isso ou aquilo diferente, "impedindo seu trabalho"? Quantos dirigentes estariam a postos para impedir que o cara tivesse de fato poder para mudar alguma coisa? 

Basta ver nos clubes. O treinador quer ter o domínio de tudo que envolve seu time? É um arrogante. Pensa que pode tudo. Dirigente não gosta muito de ter que dividir os louros das vitórias não. Imagina se um treinador começa a escalar quem ele de fato acha melhor... 

Com três partidas, a cabeça do sujeito (fosse Guardiola ou outro) estaria a prêmio como um enganador.

Esse é o retrato do deprimente futebol brasileiro. 

Um comentário:

  1. O problema vem desde a má gestão da CBF, da lei Pelé, dos clubes desorganizados, campeonatos mal feitos, manias de querer copiar a Europa ou se adequar a força ao calendário deles. O Brasil tem que se organizar em tudo, no futebol também. Nossos treinadores também são muito fracos, querem copiar o futebol europeu e o nosso estilo e identidade de jogo é totalmente diferente. Existe uma identidade futebolística brasileira sim e tem que ser respeitada. Copiar o futebol europeu não quer dizer 100% que estamos fazendo o certo.

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