sexta-feira, 17 de junho de 2016

A dor de uma saudade

A sincera carta não é de minha autoria. Mas é tão bela em sua sinceridade que eu não poderia deixar de publicá-la por aqui.

Irmã,

Eu ainda estou com muita saudade de papai. Não consigo me lembrar dele sem chorar porque a falta é muito grande. Na hora do café, almoço e jantar, quando me levanto, enfim, toda hora. É um tormento. 

Irmã, não sei como é que duas pessoas que não falam conseguem deixar um vazio tão grande na casa. Agora eu sei o quanto papai sofreu com a ausência de mamãe. Foi muito duro. Só sabe quem passa.


Nos últimos dias lá em casa, sentado na poltrona, ele dizia muitas vezes: "Mãe". Eu perguntava se era mamãe ou a mãe dele. Ele me respondia: "As duas".

Quando eu ia com ele para as clínicas e ele contava a vida dele para as pessoas, ainda se emocionava quando falava nela. Olhe que já fazia 10 anos que mamãe tinha falecido!

Irmã, não tive coragem de ir ao cemitério para botar umas rosas para eles. Não sei como vai ser a minha reação no dia em que eu for.

Beijos.

Um comentário:

  1. Belas palavras. Ainda bem que Deus existe, é infinitamente perfeito e nós, seus filhos, somos espíritos imortais e perfectíveis. Um dia nos reencontraremos, no mundo espiritual e em outras vidas, até que um dia, tenhamos finalmente aprendido a AMAR e viveremos níveis perfeitos de felicidade que não temos a menor condição, atualmente, de imaginar.

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