A imprensa esportiva brasileira em geral é impressionante. Do mesmo jeito que cria craques do dia para a noite, arruina carreiras e cria antipatias da noite para o dia. Ou torce cegamente, ou odeia fervorosamente.
O que digo aqui serve como uma luva para caracterizar as coberturas regionais, nacionais e até internacionais, desde que feita por brasileiros, não importando se referente a jogadores, treinadores, clubes ou seleções.
O que ocorre com a Seleção Brasileira representa bem isso. Quem é contra Dunga não consegue torcer pela Seleção. A má vontade com que alguns profissionais analisaram um placar estrondoso como os 7x1 que o Brasil enfiou no Haiti assusta. E assusta porque torcer é uma coisa; decidir trabalhar como analista de futebol é outra. Não gosta de Dunga? OK, mas não dá para achar que 7x1 é um placar corriqueiro no futebol, ainda que tenha sido contra o Haiti. Ora, não se diz tanto que o futebol está nivelado? Que o Brasil não é mais tudo isso? Que não há mais bobo no futebol? Então, um pouquinho de coerência cai muito bem.
A safra de jogadores é muito ruim - basta ver como andam os times daqui e mesmo quantos compatriotas são de fato o grande destaque de seus times no exterior. Dunga também não é grande sumidade como técnico. Mas não custa nada elogiar quando as coisas dão certo, especialmente pela raridade de tal ocorrência.
E quem não consegue deixar de torcer contra seu clube e principalmente contra a seleção de seu país, faça um bem ao seu próprio fígado: vá fazer outra coisa na hora do jogo. Melhor do que trincar os dentes de raiva com o sucesso alheio e ver sua própria reputação como profissional na lama.
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