sexta-feira, 29 de abril de 2016

Driblando a asma

Sou cheia de ites: esofagite, gastrite, duodenite... A pior é a rinite. É alérgica. E de tempos em tempos, ela explode em crise asmática. Não posso encontrar poeira, mofo, pelo de gato, ar condicionado, camarão que tenha ficado exposto antes do preparo. Ou seja, ante o mundo atual, eu deveria viver numa bolha para ter uma ótima qualidade de vida. 

Obviamente isso se afigura impossível. Então, como boa brasileira, aprendi a driblar certas condições. Por exemplo, a asma. Para quem não conhece a asma é sufocante. A capacidade respiratória diminui assustadoramente. Falar torna-se difícil. Caminhar torna-se difícil. Respirar torna-se difícil. É um verdadeiro pesadelo.

Mas nem só de antialérgicos, corticóides e broncodilatadores vive um asmático. A principal arma é a informação. Sabe a dificuldade de colocar o ar para dentro? Na verdade, é o ar preso nos pulmões que impede a entrada de um novo ar. Dica: quando tossir, não use a garganta, mas aproveite para expirar quase que completamente o conteúdo  dos pulmões. Parece sufocante, mas o alívio posterior é imediato e eficiente. 

Outra: durma com um lençol dobrado protegendo o peito e o pescoço. O calor gerado onde é necessário ajuda demais a respiração e acalma a tosse.

Impedir a crise é ainda mais eficiente, o que acende o alerta para qualquer sinal de rinite. Começou uma coceirinha por causa de um gato? É correr para lavar a região com muita água e sabonete. Comeu camarão e já sentiu uma coceirinha na garganta? Uma boa dose de Coca-cola pode impedir uma desgraça maior se administrada a tempo. O nariz coçou ou já ameaça entupir? Soro fisiológico nele. Também tenho sempre um Vicky e o Actifedrin à mão para o caso de as coisas piorarem à noite.

Não sei se tais dicas funcionariam 100% para todos, mas elas têm sido fundamentais para que eu tenha passado incólume quanto aos remédios tradicionais há muito tempo. É lógico que quando a piora é drástica não há muito o que fazer sem os remédios. Mas para quem é cheia de "ites", remédios são sempre a última das últimas soluções.

É assim que driblo essa companheira que insiste em me visitar de tempos em tempos. 

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