sábado, 9 de abril de 2016

Brigas de amor

Ah, o amor... Engana-se quem pensa que ele é igual aos contos de fada em que o príncipe e a princesa vivem felizes para sempre. Faltou acrescentar até morarem na mesma casa, terem contas a pagar ou mesmo começarem a ter uma convivência mais intensa, porém não sob o mesmo teto.

Logicamente, casais felizes não brigam por tudo. Também não brigam sempre. Mas podem sim brigar por nada. E quando digo casais, não me refiro apenas ao modelo dominante (homem e mulher), mas por óbvio incluo os de mesmo sexo. Também não importam a idade, as diferenças de classe social ou de cor da pele. Quando se trata de amor, parece que as estratégias nas brigas só mudam de endereço.

Foi o que percebi em mais um bate-papo com alunos neste sábado. O tema? Os motivos que levam homens e mulheres a discutir no amor e suas estratégias nas brigas. Os motivos são sempre os mesmos: ciúmes, opiniões diferentes sobre como algo deve ser feito. As estratégias é que são uma graça!

Os rapazes acusaram as mulheres de sempre chorarem para terminar a briga, no que foram imediatamente rebatidos pelas garotas, que afirmaram ter abuso de quem chora numa discussão. Só uma confessou que chorava mesmo para vencer a discussão. Sempre.

Os relatos incluíam como estratégia o total desprezo à discussão em si - tipo nenhuma reação. Isso foi atribuído aos rapazes. Um sempre irritava a namorada ao concordar com ela, concordância acompanhada de elogios. Ironia no último grau. Dá até vontade de matar uma pessoa dessa, né? Outro ficava rindo durante a discussão. Uma das garotas disse que adorava discutir, chegava a se divertir com isso. Algo do tipo "agora você me paga".

Outra relatou que choro ou risada não eram tolerados e ela mandava um @$%&+ se isso ocorresse com ela. 

Muitos consideram o problema totalmente resolvido logo ao fim da discussão, se de fato tudo ficou em pratos limpos. Mas há quem não esqueça um deslize e relembre aquilo a cada nova discussão. É o famoso "passar na cara".  

Há quem peça desculpa com aquela cara de "não me sinto culpado, mas se você acha que eu sou culpado e quer que eu peça desculpas, então, me desculpe." Argh! Esse de longe é o comportamento mais irritante para mim.

Certamente você se identificou com algum ou alguns dos comportamentos descritos. Afinal, todos passamos por isso. Talvez você nem tenha percebido que tem uma estratégia, mas tem. Mais ou menos eficiente, o que importa é que ela faz parte dos seus embates amorosos.

Viver brigando é reflexo de que alguém não sabe muito bem o que quer num relacionamento. Ou pior: sabe, mas não percebeu que é impossível obter o que deseja ali. Mas brigas na medida certa, aqui e ali, são formas de adaptação ao bom convívio e também um certo jeito de dizer "tudo o que você faz é importante para mim; até o que deixa de fazer". É uma necessária correção de rumo - correção esta feita a dois. Se só um precisa de correção, não há relacionamento, mas ilusão individual.

Assim é o amor: felicidade eterna enquanto as brigas não chegam. Mas quando estas são resolvidas de verdade, ele cresce exponencialmente. Até a próxima briga, que vai ficando cada vez mais rara de acontecer. Isso se falamos mesmo de amor.

Ah, o amor...

2 comentários:

  1. Fico triste de entrar nesse ex excelente blog (mecaovozevez) e só ler mensagens de corneteiros em sua maioria. Acho que isso tem muito à haver com o desempenho do time, pois é vaiado no estádio, por qualquer passe errado e desestimulam os jogadores com as vaias e ofensas pessoais. Ao fazermos críticas para com esses corneteiros, o blog simplesmente não publica nossas mensagens dando vez aos corneteiros. Não críticas pejorativas atingindo ninguém, são iguais a essa que escrevo aqui e lá não publicam. Então vou mandar para outros blogs essa minha crítica para ver se publicam. Será que o sofutebolnao publica? Quero ver, vou mandar para outros também.
    Anti Cão da Cruz ou Luiz Eduardo de Medeiros

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  2. Mantendo o nível, Luiz, sempre será muito bem-vindo aqui. Fique à vontade.

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