23 de abril é reconhecido pelo UNESCO como o dia mundial do livro. O livro é a principal chave para garantir viagens às vezes inimagináveis. Por suas páginas aprendemos as primeiras frases, os primeiros números e chegamos até o limite que o nosso potencial permite.
O livro nos leva a mundos que parecem inacessíveis de outra forma. Achamos uma dica para sairmos do buraco. Voltamos ao passado em mínimos detalhes ou avançamos para um futuro que nossas idades não alcançarão. Imaginamos a vida a partir de uma nova perspectiva.
Hoje há os digitais, mas a maioria prefere mesmo aquele cheirinho de livro, aquele passa-passa de página, a maciez da capa e da contracapa nas mãos. Nem preciso dizer em qual grupo me incluo.
Para você que vive dizendo que não tem tempo de ler, proponho um desafio: 10 todo dia. É cópia descarada de um desafio físico que propõe 30 minutos diários de atividades físicas. O meu desafio requer que você leia 10 páginas por dia daquele livro cuja leitura você vive adiando. Ou um livro que nunca pensou em ler. Em um mês certamente você já haverá terminado o livro ou estará muito perto do fim. Vale livro de qualquer coisa: técnicos, auto-ajuda, culinária, ficção, biografias...
Se quiser, você pode até prestar contas da sua leitura pelas redes sociais, publicando um parágrafo da leitura do dia. Além de se manter na disciplina, você vai contagiar mais gente a empreender a incrível viagem da leitura.
Vou dar o pontapé por aqui. Estou lendo meio que a conta-gotas O Júri de John Grisham. O livro é de 1998, quando entrou na minha infinita lista de leitura. Foi comprado numa livraria que nem existe mais em Natal, a Formart (ainda tenho o selo com os endereços e telefones das 3 unidades). Ele anda acumulado com outros tanto de literatura como de Direito. A história aborda a corrupção em julgamentos, especificamente numa disputa judicial fictícia entre uma fabricante de cigarros e uma pobre viúva. É absolutamente eletrizante e empolgante. Segue um parágrafo da leitura de hoje (página 341):
"A defesa do bom nome da Pynex começou pessimamente na manhã de quarta-feira, mas não por culpa de seus advogados. Um analista chamado Walter Barker, num artigo na Mogul, uma revista popular, especializada em finanças, apostava dois contra um como o júri em Biloxi ia votar contra a Pynex e conceder uma grande indenização. Barker não era um peso leve. Formado em direito, era o mais famoso analista da Wall Street, capaz de perceber quando um processo legal podia afetar o comércio. Sua especialidade era monitorar julgamentos, apelos e acordos, e predizer os resultados antes do final. Geralmente acertava e fizera fortuna com esse tipo de pesquisa. Walter Barker tinha muitos leitores e o fato dele estar apostando contra a Pynex foi um choque em Wall Street. A ação da Pynex abriu a setenta e seis, caiu para setenta e três e no meio da manhã estava em setenta e um e meio."
Vamos lá?
Desafio aceito. Segue um parágrafo do livro que estou lendo "Um gato de rua chamado Bob" de James Bowem, pág. 131:
ResponderExcluir" A mulher me disse que eu estava sendo acusado de fazer shows de rua ilegalmente, ou "divulgando por recompensa", para usar o título formal. Eles empurraram um pedaço de papel para mim e disseram que eu deveria me reportar ao tribunal em uma semana".