segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019

"Os jogadores têm que ter força mental"

O técnico Moacir Júnior atendeu a imprensa após América 2x0 Santa Cruz e abordou um aspecto preocupante que ficou mais claro no grupo após o clássico de quarta-feira: a força mental para não desistir dos jogos quando o resultado lhe é adverso dentro das partidas.

Desempenho diferente nos 2 tempos
A gente tem que respeitar opinião de todo mundo. No intervalo a gente corrigiu muitas coisas. A gente sabia que o Santa Cruz partiria para o tudo ou nada porque estava com o placar adverso, e ele acabou abrindo os dois extremos, jogando muito pelos lados do campo. Foi quando a gente colocou o Murici no jogo para fechar os lados e para contra-atacar nesse lado que o lateral esquerdo dele estava atacando muito. E aí surtiu  efeito, não só com o Murici, com o Vinícius também a gente teve muitas oportunidades, mas o time sentiu um pouco o desgaste do clássico, não só físico como emocional também, porque se colocou uma esperança muito grande de todo mundo de já conquistar o 1.º turno. A gente estava chegando de uma forma avassaladora, mas a gente sabe que as coisas do futebol não acontecem de um dia para o outro. Então a equipe, no emocional, ela precisa melhor também bastante e outros aspectos que a gente vai trabalhar. Mas hoje mais importante do que jogar bem ou jogar mal seria a vitória para você dar uma retomada na caminhada, o torcedor voltar a acreditar que o time não se abateu por causa da final. Então, eu, particularmente, parabenizei a eles por isso, porém falei para eles que nós vamos ter que melhorar em muitos aspectos e vamos trabalhar para isso. O América tem carências no seu elenco. Para você ter uma ideia, a gente joga na quarta-feira agora e perdemos o Vinícius e o Pardal. Então são peças difíceis de reposição neste momento, mas que também eu, como treinador, não quero trazer e nem autorizar qualquer jogador vir para o América. Acho que o América precisa resgatar agora atletas que tenham condições de vestir a sua camisa, a envergadura, a tradição. Então a gente vai com calma nessas reposições, porém dando moral para esses atletas que aqui estão e tentando extrair mais deles. Mas realmente o time fez o que tinha que fazer: venceu o jogo, começou bem o returno. 

Jean Patrick no lugar de Tony
Gostei bastante do Jean. Vocês fazem uma avaliação de vocês, o torcedor. A gente faz uma avaliação interna. Tem jogador que no clássica foi "hors concours" e hoje infelizmente não conseguiu o mesmo rendimento, e tem jogador que está assim. Então outra situação que a gente trabalhar: a regularidade, os jogadores terem regularidade. Mas eu, com certeza do como aqui estou, eu tenho que ser o profissional [do] equilíbrio. O Everton, para mim hoje, voltou ali no gol, não tomou gol, e isso para mim é muito importante. Essa garoto tem um potencial muito grande que eu vou tentar dar o máximo de moral para ele para que ele vire realmente uma revelação do clube. Então a gente tem que ter esse equilibrio. Não é porque perdeu um turno, porque perdeu um jogo que está tudo errado, assim como ganharçmos hoje e não está tudo certo. Tem muita coisa para a gente melhorar. Vamos trabalhar firme para isso. Esse pessoal está comprando a ideia. A gente sabe da carência do torcedor, mas a gente vai trabalhar firme em cima disso aí porque esse clube é muito grande e ele merece o nosso respeito. 

Trabalhando o aspecto emocional
Isso aí é um trabalho que a gente faz. Assim como tem nutricionista, tem o lado psicológico também da gente, que é formado em Educação Física, que tem curso da CBF, que a gente tem os psicólogos por lá também. Só que isso eu vou te falar:  isso está devendo muito do grupo. Esse grupo aí, ele é bom, ele é muito bom, um grupo de caráter, porém, a gente precisa emocionalmente se fortalecer. A gente fala de força mental, os jogadores têm que ter força mental, e principalmente para vestir essa camisa. E eu espero que eles adquiram, ou aqueles que, na sequência, venham para o América, a gente também se ater nesse detalhe: não só o jogador ser bom, o jogador ter força mental. O Leandro melo é um jogador que é um grande líder. Veio para cá também com esse com essa cobrança e com essa estirpe, porque todo o clube em que ele passou, ele já subiu uns quatro times da D para a C. Então o time já está começando a trazer atletas, nós estamos trazendo atleta que tem acesso da D para a C, de olho no Estadual, mas também de olho no grande sonho do América, que é subir de divisão no Campeonato Brasileiro.

Reclamação do capitão Alison acerca da falta de apoio da torcida
Isso é reflexo da carência. E o que nós podemos dizer da quarta-feira, que a torcida do América fez uma festa maravilhosa e que não vaiou o time em momento nenhum? Mas a gente sabia que o reflexo de não ter ganhado o turno seria isso. Mas agora é resgatar com resultados porque infelizmente o resultado dita mais do que a performance o apoio. Então é isso, é através dos resultados, o dia-a-dia, mas ele tem razão. Hoje particularmente, não só os atletas, a gente também ouviu coisas indevidas porque a gente está agora sim chegando, e com esse pensamento de fazer o time retomar a sua caminhada, de sua tradição. E vamos trabalhar muito para isso, incessantemente. Estou muito feliz com o resultado, mas acredito que podemos melhorar muito a nossa performance.

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