Lembro de ter assistido a um pedaço de Supergirl na Warner e ter detestado o conceito. "Mais uma tentativa de ganhar dinheiro esticando a corda de uma estória bem-sucedida de super herói", pensei na época.
O tempo passou e esbarrei com um episódio dublado da série numa madrugada dessas de fim de ano da Globo. Mesmo dublado, o episódio me chamou a atenção e quebrou a péssima impressão que eu tinha a respeito.
Analisando melhor, acredito que o problema foi não ter visto o primeiro episódio do início. Como peguei a estória andando, minha compreensão ficou prejudicada, e terminei achando tudo muito forçado. É aquela velha coisa de que normalmente não gostamos do que não compreendemos, basta ver as matérias escolares favoritas e as odiadas...
No caso do esbarrão com o episódio na Globo, foi justamente o contrário: vi o início, mas não vi o fim. E aí fiquei extremamente curiosa para saber como tudo terminava.
Corri para a Netflix e descobri que há 3 temporadas com som original por lá. Resolvi mergulhar de cabeça e não me arrependi, apesar de achar que as comparações, citações e referências a Superman ficaram um pouco exageradas em certos episódios.
Para quem era fã d'As Novas Aventuras de Lois & Clark, Supergirl não só preenche o vazio deixado como supera a original. Todos os temas atuais estão lá de uma forma ou de outra. Os princípios éticos da heroína são constantemente questionados, ela nem sempre está certa em seus julgamentos e a série não tem o menor pudor de destacar as mulheres nos papéis decisivos.
Enfim, Supergirl é uma série absolutamente antenada com os movimentos da sociedade americana e, por tabela, da sociedade mundial. Além de ter roteiristas de excepcionais criatividade e talento. Nada de monotonia nos episódios, ainda que tenhamos, como esperado, o esquema "vilões ameaçam a humanidade e até a heroína, mas a heroína se recupera e os derrota". O desenrolar dos fatos e a sequência das estórias sempre surpreendem positivamente. Não há pressa para desenvolver novos fatos.
Uma boa notícia para quem tem Warner é que a 4.ª temporada voltou ao começo agora em janeiro. O 1.º episódio foi ao ar no domingo, 7, por volta das 22h30 (sim, a Warner antecipa o começo porque emenda o início de uma série com o fim da outra, sem intervalo comercial) e foi reprisado ontem por volta das 5h50. E ontem à noite foi a vez do 2.º episódio. Ou seja, quem quiser, pode acompanhar a série bem cedinho ou no fim da noite do domingo. Ou ainda assistir no domingo seguinte de manhã ao episódio perdido no domingo anterior à noite.
Na Globo, a série marcou mais audiência na madrugada agora em janeiro do que a programação matutina da emissora, o que demonstra o acerto das estórias e como vale a pena conferir seu sucesso. Portanto, assista a um episódio e deixe Supergirl surpreender você também.
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