Globo na retranca era mais do que esperado. Acho que o que ninguém esperava era um América sem a tão falada intensidade.
Contra um time que lutava por um 0x0 e sonhava com uma bola só no jogo, o América resolveu ser mais burocrático que o normal. Não conseguiu acelerar o jogo pelo menos vez por outra pelas laterais e com os laterais. Só com os atacantes algumas vezes. Nada de bons lançamentos de Adenilson nas diagonais e pelo meio.
Hiltinho normalmente esteve envolvido nos lances mais perigosos e que morreram da forma mais bisonha.
Galiardo não conseguiu cumprir a função de Max nas cobranças de lateral de Vinícius, que não fizeram nem cócegas no Globo.
E ainda houve a contusão dos dois zagueiros para terminar de lascar o serviço.
O Globo de Higor César adorou. Fez um gol num escanteio. Depois marcou o segundo num contra-ataque. Perdeu um jogador com o 2.º amarelo, mas não chegou a ser verdadeiramente encurralado pelo América.
E, como sempre, o América praticamente se despede do 1.º turno na 5.a rodada. Menos mal que o entendimento é que esse é um elenco em formação, clamando por ajustes ante os resultados ruins.
Mas é aqui onde o perigo espreita, especialmente com o histórico dos dirigentes americanos. Não existe riscar tudo e (re)começar do zero. É partir desse trabalho para corrigir o rumo. Não é possível que os fracassos dos últimos anos não tenham deixado uma única lição.
A aposta em muitos jogadores veteranos também vem cobrando a conta com a dificuldade deles em estar 100%, não só fisicamente, neste início de trabalho, com a louvável exceção de Adriano Pardal.
Enfim, frieza e bom senso para separar o joio do trigo são essenciais agora. Solução para ontem todo mundo quer, mas ela não existe para um clube na Série D, última opção de jogadores com algum destaque nacional. E conquistar o acesso nesta Série D é o grande objetivo. Que isto esteja sempre em mente.
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