Primeiro, falemos do América. Não gostei das muitas mudanças. O técnico Felipe Surian terminou fazendo de um giro um giral. É certo que surgiu o desfalque de Osmar. Mas o que o goleiro Vinícius tinha a ver com isso? Fred, a meu ver, tem dois defeitos perigosos: dá rebote fraco para o centro da área e seu tiro de meta tende a cair na linha do meio de campo ou antes dela. Ele não tem a mesma desenvoltura com os pés que Vinícius para um time que utiliza diversas vezes o goleiro para armar jogadas.
Quanto à entrada de Richardson em detrimento de Everton, sinceramente vi como acerto. Everton ainda não teve uma única partida boa seja na defesa ou no ataque em 2017 e não valeria o risco fora de casa. Richardson cruzou bem nas vezes em que foi ao ataque. Quantas vezes isso pode ser dito de Everton neste ano?
Jean Patrick é um jogador que, surpreendentemente vem evoluindo. Não merecia ter sido substituído.
Memo continua sendo uma péssima opção para iniciar jogadas. A bola tem queimado no seu pé. Pelo menos vem crescendo na marcação.
Marcos Júnior teve momentos de lucidez. Dija também.
A volta de Maracás trouxe o futebol de Paulão a um bom patamar novamente.
Danilo continua bem na esquerda. E Tony desperdiçou uma chance.
Agora, o jogo. Primeiro tempo sem grandes sustos. O América tinha uma proposta condizente com sua situação de time em arrumação. Estava acertado defensivamente, mas não conseguiu acertar muita coisa nos contra-ataques. Mas ainda teve chances.
No segundo, o América começou a botar as manguinhas de fora. Aí foi a hora do dono da casa explorar contra-ataques. Num segundo escanteio em sequência, um bate-rebate terminou dando ao Sergipe o gol que lhe daria a vitória.
Não vi o gol como falha de ninguém. Logo, não posso culpar o giral de Felipe Surian, que teria tudo para ser o responsável pela derrota ante tantas mudanças. Porém, não foi essa a realidade do jogo.
Depois do gol o time morreu. E isso sim é preocupante. Michel Cury e Raul nada acrescentaram. Um lance de Dija ainda poderia dar o empate se os jogadores do América fizessem o simples e batessem de primeira. Mas...
Dos males, o menor. Perdeu, mas não foi ultrapassado pelo próprio Sergipe.
Também não há motivo para se fazer de um giro um giral: o América nunca teve tradição de vencer partidas fora. E também não está no desespero nesta competição. Não adianta transferir problemas. Cada coisa no seu devido lugar.
Qualificar o elenco é necessário. Somália, Lúcio, Alisson e, o melhor dos sonhos se confirmado, Daniel Costa podem dar ao América de Felipe Surian o lhe falta: gente que saiba fazer gol. Mais: cuja experiência não deixe a bola queimar nos pés. Uma caminhada tem percalços. O que se faz a partir deles é que determina se o resultado será ou não alcançado. Sem giro, nem giral.
Somália, Lúcio, Alisson e Daniel Costa jogam nesse time mesmo que estejam com apenas cinquenta por cento das suas condições. Tem jogador nesse grupo do América que talvez fossem reserva no Santa Cruz de Natal. Erros de passes, chutões, bolas domináveis terminando em escanteio (como no lance do gol) ou em lateral, um atacente que só faz firula e pouco "agride" a defesa adversária, não tem consiga acertar uma cobrança de falta no gol e na sequência sofremos o contra ataque, a bola parece queimar nos pés de alguns jogadores. Enfim, fica muito difícil acreditar nesse grupo. A gente até que tenta, até que tem lampejos de otimismo, mas acaba caindo na real. Caindo no pesadelo.
ResponderExcluirADAIL PIRES
Já, Adail? kkkkkkkkkkkkkkkk
ResponderExcluirE desde quando eu elogiei o time? Se o anônimo acompanha tão cuidadosamente meus comentários, deve comprovar o que estou dizendo. Felizmente faço parte de uma torcida que não precisa da imprensa para ter essa ou aquela opinião.
ExcluirADAIL PIRES