segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

Números pra reflexão

A revista Veja desta semana trouxe diferenças marcantes entre as supremas cortes de 7 países. Mais do que as diferenças a respeito de quem é responsável pela indicação/nomeação dos componentes de tais cortes, a enorme diferença no número de processos que chegam a esses tribunais causa perplexidade. 

Nos Estados Unidos, a indicação cabe ao presidente e a corte lida com inacreditáveis 82 processos por ano, praticamente um sonho!

Na França, a indicação é alternada entre os presidentes da República, do Senado e da Câmara e a carga é de 156 processos por ano.

Na Itália, a indicação cabe alternamente aos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário e a corte tem 276 processos por ano.

Em Israel, um colegiado com membros do três poderes e advogados indicam os integrantes da mais alta corte de lá, que tem carga de 1.852 processos por ano.

Na Alemanha, a indicação cabe alternamente a Senado e Câmara e a corte lida com 6.133 processos anualmente.

Na Índia, é a própria corte que indica seus membros. E a carga anual é de assustadores 82.092 processos.

Por fim, já podemos imaginar os números do Supremo Tribunal Federal, cujos integrantes são indicados pelo presidente da República: 92.399 processos por ano.

Pela comparação, já dá para imaginar que algo está muito errado na lógica processual brasileira.

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