segunda-feira, 12 de fevereiro de 2018

Não é bem assim

Depois de muitos (mas muitos mesmo!) nomes especulados, o América surpreendeu com o nome de Pachequinho.

Imagem: Albari Rosa/Gazeta do Povo

Apesar de entender e até compartilhar a surpresa, não dá para dizer que Pachequinho é uma aposta. Além da experiência como jogador de grandes clubes, ele foi auxiliar dos experientes Paulo César Carpegiani e Gilson Kleina num grande clube paranaense e durante a disputa da Série A. E foi lá mesmo no Coritiba que se tornou técnico, inicialmente interino, mais tarde efetivado, tendo livrado o clube de um rebaixamento na sempre dificílima Série A e conquistado um Campeonato Paranaense quebrando um jejum de 4 anos do Coxa. Trazer para o RN e para a Série D um novo técnico que disputou uma Série A, sobreviveu a ela e foi campeão paranaense nos últimos 3 anos não me parece, nem de longe, uma aposta num sentido pejorativo. Aposta toda contratação sempre será, já que ninguém consegue prever com exatidão o futuro. Mas Pachequinho não vem de um clube sem expressão, que vive de uma zebra aqui e outra ali. Ele conhece bem a pressão por resultados que vai encontrar no América e isso já me parece meio caminho andado.

Outra coisa que muito me agrada é que Pachequinho é um técnico, por assim dizer, sem vícios. Não vem com qualquer marca de desconfiança por ter treinado o ABC, por exemplo, ou rodar vários clubes com uma penca de jogadores a tiracolo. Nesse aspecto, ele me lembra a chegada do então novo técnico Adilson Batista, que pegou um elenco desacreditado e um ataque inoperante e o transformou em campeão estadual jogando bonito e com o melhor ataque da competição. Dali só alçou voos maiores.

Pachequinho trará um auxiliar, mas o América vai manter Júlio Terceiro como auxiliar do clube. E antes mesmo de sua chegada já há notícia do afastamento do atacante Tadeu, do possível empréstimo do volante Janderson e da chegada de 4 reforços, esses listados antes mesmo da contratação do treinador, o que faz crer que tudo seja decisão exclusiva da diretoria do América. O novo técnico deve opinar mais à frente sobre alguma outra mexida no elenco.

Vai dar certo? Ninguém sabe. Só o futuro dirá. A partir de quinta-feira, com sua chegada ao clube, vamos começar a saber se ainda há salvação para o América no 2.° turno do estadual, como o elenco será qualificado e se o time vai deixar de amarelar nos momentos cruciais.


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