segunda-feira, 29 de agosto de 2022

Saindo das tocas

Impossibilitada de caminhar hoje, saí agora à tarde vestida de América. Como diz Janaina, basta o Mecão conquistar algo para uma ruma de gente que torce e que andava entocada aparecer em todo lugar.

Entrei num órgão estadual e o rapaz da recepção: "É Série C em 2023, hein?". Sorri e disse: "Pois é". 

Andei um pouco e a moça da limpeza fez questão de dizer bem alto: "Ô camisa bonita!". Sorri para ela e respondi: "Demais".

Passei pelos seguranças e ouvi de longe: "Olhe aí mais uma mulher com a camisa do Mecão". 

O senhor do meu atendimento final olhou para mim, apontou para a própria garganta e, com a voz falhando, disse praticamente num sussurro: "Ainda estou sem voz de ontem. Foi maravilhoso!". Respondi sorrindo: "Finalmente, né?".

Comentando com Janaina esses encontros, ela lembrou de quantas pessoas, a começar de nós, não estavam presentes na Arena e acompanharam de longe. É gente demais, só para ficar nas pessoas mais próximas. Imaginem esses que surgem das tocas sem que nunca soubéssemos de sua torcida... Ou seja, se a Arena tivesse o dobro de capacidade, ainda assim estaria lotadinha no jogo do acesso. Disso não tenho dúvida. Afinal, já vi este fenômeno em 1996-1997, culminando na final da Copa do Nordeste de 1998 com um Machadão entupido de gente, com registro de mais de 40 mil pessoas.

O Orgulho do RN voltou.

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