Amanheço com a notícia de Marcos Lopes: Dirigentes de clubes não aprovam hackeamento de transmissão e pedem punição aos autores.
Ufa! Ainda bem que os dirigentes não aprovam o hackeamento da transmissão do estadual. Apoiariam um crime contra suas próprias administrações. Mas parece de uma inocência ter achado que isso não aconteceria...
O mundo da internet é quase um território livre para crimes digitais, inclusive os que ferem direitos autorais, por exemplo.
Quem acompanha o mínimo do YouTube, só para citar uma das redes sociais, sabe que o hackeamento ocorre até com transmissões que são originalmente gratuitas, apenas para trazer recursos para o canal pirata pelos cliques.
Ah, os cliques... Esses danadinhos que são caçados a qualquer preço em busca de financiamento de canais, blogs e que tais. A disseminação de ódio, com manchetes que reforçam tais rancores apenas para gerar o clique e o compartilhamento impensados, é coisa que se acha aos montes a cada passada de dedo na tela do celular.
No caso do futebol, o buraco é ainda mais embaixo. TVs por assinatura sofrem com hackeamentos por aparelhos comprados em qualquer centro comercial de rua, como o Alecrim aqui em Natal. Quadrilhas de milicianos vivem também da prestação desse "serviço" nas áreas que dominam.
Achar que isso não atingiria a transmissão da FNF é como sonhar com a paz mundial em concurso de miss. Discursar contra isso sem agir com equipes de inteligência especializadas e dedicadas a derrubar cada um dos canais que transmitem o sinal e que pululam a cada partida, além de encaminhar tudo mastigadinho para as autoridades, é simplesmente fazer propaganda do sinal pirata, garantindo que mais pessoas saibam de sua existência e a situação piore.
Claro que também há uma motivação política: ninguém morre de amores pela administração da FNF e o boicote tem sido a forma que encontraram de materializar isso. Ou seja, outro indicativo de que subestimaram o ambiente digital na hora de pensar essa transmissão.
Enfim, não é à toa que o futebol do RN se encontra no buraco atual.
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