É só uma questão de tempo para o ABC conquistar o estadual 2020. Essa é a verdade insofismável. E nem é essa verdade que motiva o título desta postagem.
É que o América vai deixando escapar o bicampeonato num momento de extrema fragilidade do seu rival. Só isso já é suficiente para dar o tom da frustração.
Sobre o jogo de hoje, as duas equipes entraram sem a menor vontade de vencer. Houve até momentos de troca interminável de passes entre o goleiro e os zagueiros do ABC em linha, sem que jogador algum do América aparecesse para atrapalhar.
Os 3 gols do jogo foram frutos mais de erros das defesas do que de acertos dos ataques. Se bem que o do América, depois que pingou com Zé Eduardo, foi o talento exclusivo deste - a melhor contratação da temporada - que encaminhou para o gol.
Sobre a transmissão, o Procon já deveria ter notificado a promotora do evento porque não é a primeira vez que quem pagou ficou a ver navios e não há nem uma notinha oficial para pedir desculpas. Também não adianta dizer que o problema é da internet. Quando a transmissão trocou de plataforma, os problemas acabaram, mas aí o jogo já estava quase no fim.
Sobre os times em si, eu tenho dificuldade de explicar como o ABC perde jogadores e mantém sua hegemonia sobre um América que, além de viajar para outro estado para começar a treinar mais cedo, já contratou 21 jogadores desde a chegada de Roberto Fernandes, segundo levantamento da imprensa, e o time consegue se superar para pior a cada rodada do estadual.
Sem reação, e ela não virá com o que vimos hoje, o calendário de 2021 será definido sem a Copa do Nordeste para o América, deixando o fardo financeiro mais pesado para carregar no ano que vem, ainda que o time suba para uma Série C - dói, mas isso também não me parece plausível pelo que se vê a cada partida - também sem grandes atrativos financeiros.
Eu poderia tecer mil comentários sobre a escalação, sobre as substituições, tanto os escolhidos para deixar o campo como os escolhidos para entrar, mas tudo isso seria chover no molhado. Não vale a pena.
Já basta a frustração de tudo que se viu (ou não se viu) em campo e fora dele hoje.
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