Toda gestão de futebol terá percalços pela frente. Não será e nem seria diferente no América.
Falta de espaço para jogadores da base, por exemplo, é problema histórico que se tenta corrigir aos poucos. Basta ver que tivemos Adílio e Luiz Eduardo com espaço em jogo oficial já na rodada passada.
Causa chateação a notícia de que Jadson não serviu para o América, mas será possivelmente utilizado pelo sub-23 do Ceará. O jogador, que não agradou por aqui, voltou ao América com um pré-contrato com o Ceará, o que já dá bem a noção das horas contadas para o fim de seu vínculo (abril) sem possibilidade real, palpável, de extensão. Preferiu-se não adiar o inevitável.
Para variar, num velho "santo de casa não faz milagre", os outros viram bem antes o que não vimos. É torcer para nossa atitude (e aqui incluo também a torcida, da qual faço parte) mude em relação aos atletas que surgem nas bases, como parece ser o caso dos atuais atletas vindos do sub-17.
Vale destacar o bom exemplo de Ewerton, goleiro que também chegou a ser emprestado ao Ceará, mas, neste caso, nós vimos o que os outros não viram e, juntamente com a vontade do jogador de permanecer no América, ele ficou e é titularíssimo do Mecão desde a temporada passada.
Em outro percalço, tivemos a mudança do clássico do domingo para a quarta-feira. Aqui a responsabilidade pode bem ser dividida.
Primeiro, começamos um campeonato sem nem termos uma tabela definida com horário e local dos jogos. E tome mudança nas rodadas previstas! Clássico na terceira rodada? Não, na quarta. Não, na quinta. Não, na sexta...
Também temos um campeonato que resolveu começar quase na virada do ano. Não se tem notícia de outro campeonato que tenha começado tão cedo e tenha pego o RN em plena Operação Verão, com grande contingente das polícias em geral voltado para a fiscalização de estradas e praias. Daí talvez essa tabela divulgada a conta-gotas.
Todo mundo preferia o clássico no domingo à tarde, mas infelizmente não dá mais para arriscar a segurança sabendo que as atenções estarão voltadas para grande evento em Pirangi, o que vem se repetindo a cada fim de semana. Queremos um campeonato com a torcida na arquibancada, com segurança, sem retrocesso. E se isso passa por tirar o jogo de maior apelo do RN do seu dia sagrado para a quarta-feira, então que seja feito. Não agrada, mas é o que se impõe.
Enfim, percalços existem e cobranças fazem parte. Ainda mais no América.
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