sábado, 18 de janeiro de 2020

Banho de chuva

Ontem tomei meu primeiro banho de chuva de 2020. Não queria, mas precisava caminhar e a chuva estava naquela preparação. Fui assim mesmo e logo no início da caminhada ela chegou. Primeiro, fininha; em seguida, ela resolveu engrossar. Não tinha mesmo como escapar.

Não achei de todo ruim. Deu uma resfriada legal num calor que anda quase insuportável. Também lembrei da minha infância quando fazia questão de me molhar se a chuva engrossava.

Naquela época, eu não tinha um pingo de medo de trovão ou relâmpago. Achava bonito. Ah, a inocência das crianças... 

Hoje a chuva em Natal me traz aflição. Ficou o trauma de quando perdi minhas estantes por uma infiltração horrorosa numa chuva torrencial há alguns anos. Por sorte escaparam meus livros, verdadeiro tesouro. 

Agora temo por outros em situação pior. Se até as ruas de grande movimento sofrem com os mesmos buracos e alagamentos, imagino onde os olhos públicos não veem. 

A chuva traz esse misto de emoções aqui no litoral, especialmente depois das mudanças climáticas que acumulam o que se espera num mês caindo em poucas horas. 

Saudades de quando a chuva era só mais um motivo de diversão.

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