Retrato de uma Jovem em Chamas é um filme feito em celebração ao universo feminino, no que ele tem de bom e de ruim. Temos uma diretora e o elenco é quase 100% feminino. Os homens aparecem em pequenas pontas.
A estória é muito bem amarrada e bem contada, no ritmo certo para dar o tom do que vem pela frente (Graças a Deus, esse filme me serviu de alento 2 dias após Cats e seu enredo cheio de buracos!).
Sim, é um filme francês, embora ele não se encaixe no estereótipo em quase 99% do tempo. Há apenas um único nu quase frontal e o fim repentino, sem desenlace, para manter a tradição francesa.
Uma jovem precisa ter seu retrato pintado para ser dada em casamento a um italiano, mas uma pintora foi contratado para o serviço camuflado, fingindo ser apenas uma dama de companhia e tendo que pintar o retrato apenas de memória.
Arte, solidariedade, resignação e o sofrimento feminino são pincelados delicadamente a cada cena, como se a diretora Céline Sciamma estivesse ela mesma pintando um retrato.
É um drama de mão cheia. Dá até pena quando acaba. Não à toa teve seu roteiro (também escrito por Céline Sciamma) premiado em Cannes.
Quem gosta do estilo tem que arranjar um dia de hoje (sábado e domingo, às 14h, e segunda, terça e quarta, às 18h40) até quarta-feira para acompanhar a única sessão diária no Cinépolis Natal Shopping porque é mesmo imperdível.
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