quinta-feira, 9 de janeiro de 2020

Falta enredo


Nunca tive a oportunidade de assistir ao espetáculo Cats. De renome mundial, o musical de 1981 nunca chamou muito minha atenção para além de sua fama. Logo, eu nem conhecia suas músicas nem seu enredo.

E aqui chegamos ao problema: enredo. Inicialmente, tive a impressão de que as características dos gatos eram as responsáveis por serem eles tachados de bons ou maus, mocinhos ou vilãos, como numa certa humanização dos animais.

Não era bem isso. Havia mesmo um gato com poderes mágicos. Mais de um. E os gatos então disputavam o alcance de uma nova vida. Isso interferiu enormemente no meu interesse pela estória. Tivéssemos uma linguagem figurada eu me apaixonaria por ela. Poderes mágicos para valer? Quase dormi no cinema.

As interpretações conseguiram me manter acordada. Os efeitos... Bem, não entendo muito qual é o ponto de colocar humanos com jeito de gato se hoje é possível fazer gatos perfeitos na computação gráfica. Leva-se um bom tempo para se tentar adaptar a uma linguagem estética esquisita, que faz muito mais sentido no teatro.

Fiz descobertas de músicas que nem imaginava pertencerem a Cats, mas que eu deveria saber que tinham o dedo de Andrew Lloyd Webber. 

O fim também não me agradou. 

Não chego a dizer que não valeu a pena porque, de fato, eu não conhecia Cats e suas músicas. Porém, esse é mais um exemplo de que teatro é uma coisa e cinema é outra completamente diferente. 

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