segunda-feira, 13 de maio de 2019

Não vai para a frente

O futebol brasileiro, RN incluso, claro, é pródigo em apontar técnicos como culpados por campanhas insatisfatórias. Não que tais profissionais não tenham sua parcela de culpa. Têm sim, e muita.

O que não dá para engolir é a transferência total de responsabilidade. Quem escolheu o técnico para a temporada? Quem contratou jogadores? Quem apostou num projeto e resolveu no meio dele mudar tudo?

O caso de Ranielle Ribeiro é ainda mais emblemático. O ABC tem a prioridade clara de pagar as dívidas que lhe sufocam, até onde sei. Neste ano, passou de fase na Copa do Brasil, ficou na fase de grupos da Copa do Nordeste, foi vice-campeão estadual ao ser derrotado para seu mais tradicional rival, garantiu vaga na Copa do Nordeste 2020 e perdeu uma única partida na atual Série C - um jogo fora de casa.

O elenco do ABC é limitado. Com alguns reforços, já houve uma melhora. Ainda assim, os resultados estavam aparecendo. Mas a tradição brasileira de que vice é o primeiro dos últimos foi mais forte e a pressão para trocar tudo levou o planejamento feito ainda no ano passado embora.

O novo técnico, quem quer que seja ele, deve estrear com vitória. É a velha motivação do elenco por vias tortas. Vai durar? Quantos jogadores virão? E o orçamento aguenta? 

Quem se importa, não é mesmo? O que vale é tomar uma posição, ainda que essa posição só reforce a falta de bom senso. 

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