sábado, 25 de maio de 2019

Encaixou

Não consigo pensar em outro termo que não o do título para definir a relação entre América e Moacir Júnior. E quando digo América, eu me refiro ao elenco, à comissão técnica, à diretoria e, claro, à torcida.

O que vem sendo mostrado neste grupo A6 da Série D é exemplo gritante disso. O time martela seus adversários do primeiro ao último minuto. Simplesmente não desiste, ainda que sua marcação esteja mais recuada. 

E está dando certo. Confiança crescente, elenco unido, time praticamente imbatível. Se hoje levou o primeiro gol na competição, na velha lei do ex (Alex Cazumba, lembram dele?), nunca esteve atrás no placar. Muito pelo contrário, deixou de fazer mais uma goleada em vários lances claríssimos de gol a seu favor.

Ninguém vestiu o papel de Primadonna, estrela intocável incapaz de se doar à equipe. Ninguém. Nem os mais experientes, nem os que já têm conquistas com a camisa do América, nem os indicados pelo técnico. Nem quem é titular e senta no banco na partida seguinte.

Sobre o jogo em si de Feira de Santana, só uma coisa me chamou a atenção: Jean Patrick repetiu o defeito de cortar sempre para dentro. Até que no segundo tempo voltou a correr na ponta mesmo, juntinho à lateral e assim encontrou Adriano Pardal na área para colocar de novo e definitivamente o América à frente no placar. 

Nada mais tenho a reclamar da equipe. Nem poderia. Excesso de zelo para marcar gols e assim desperdiçá-los é coisa tão óbvia que se corrige.

Também consegui ouvir a entrevista de Moacir Júnior na 98 FM e assino embaixo da iniciativa de marcar um jogo-treino na segunda-feira para o pessoal que não tem atuado 90 minutos azeitar seu desempenho. 

Já disse que títulos são conquistados por elencos, não por times, e assim é mais do que necessário rodar jogadores e posições. Hoje Roger Gaúcho não atuou. Max também não. Já Moreilândia, Makelele e Franco estrearam. Gostei do que vi dos dois primeiros, mas ainda é cedo para definições.  Moacir soube enxergar a necessidade específica desse confronto dificílimo e foi muito bem recompensado.

A bem da verdade, desde o estadual a equipe de Moacir mostra que se sente à vontade também fora de casa e não admite facilmente ser derrotada. Na Série D, já são 3 vitórias e 1 empate, 12 gols marcados e apenas 1 sofrido, numa boa cobrança de falta. Fora de casa, o aproveitamento é de 100%, algo impensável na tradição do América. 

Contra o América-PE, a chance de garantir o 1.° lugar do grupo antecipadamente, dessa feita no pior gramado do grupo. Brasileirão é assim mesmo. Nem bem se comemora uma evolução e já surgem novos desafios a serem superados. Sorte de quem está com tudo no seu devido lugar.

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