domingo, 24 de março de 2019

O vento de Goianinha

 Imagem de minha autoria
Imagem de minha autoria

Jogo em Goianinha é jogo em casa para o América. Mesmo tantos anos após o Nazarenão ter deixado de receber jogos com mando de campo do América, é impossível negar a íntima relação da cidade com o Orgulho do RN.

Onde mais não importa o ingresso adquirido porque todo lugar é lugar da torcida americana? Onde mais uma banda de frevo começa a tocar do lado de fora com o jogo prestes a começar e a galera nem reclama mais da fila que não anda? 

Quando entrei, o jogo já estava rolando, mas deu para ver que Max também se sentiu em casa e cabeceou no seu velho estilo para abrir o placar. Acho que o cruzamento foi de Adriano Pardal, que, mesmo voltando de lesão, continua um degrau acima da média. 

E foi num novo cruzamento da esquerda, dessa vez de Kaike, que Max decretou o placar do 1.° tempo.

Até então, nada de sustos, mesmo que a zaga contasse com a improvisação de Galiardo. 

Ainda no 1.° tempo o Palmeira perdeu um jogador por expulsão (o volante Sorato). Sinal de um 2.° tempo sopa no mel, né? Que nada! O América voltou com uma displiscência absurda. O jogo ficou chato para dedéu. E o Palmeira então passou a querer botar as manguinhas de fora, mas sem muita efetividade. Se não estava fácil com 11 contra 11, imaginem aí com 10 contra 11.

Moacir resolveu enfim rodar o elenco e escalou Gabriel Nunes no lugar do amarelado Leandro Melo (que erro do árbitro, hein? Todo mundo viu que a falta foi de Hiltinho, não dele) e Jean Patrick no lugar de Adriano Pardal. 

No 2.° tempo, o América também reencontrou um velho amigo: o vento de Goianinha. Mas aparentemente houve um certo estranhamento. Os cruzamentos da esquerda para a direita morriam fora da área e os da direita para a esquerda, sem partir da linha de fundo, tinham o mesmo destino, o que terminava por armar os contra-ataques do mandante. 

Aos poucos, a vantagem numérica e no placar foi cobrando a conta do Palmeira e, enfim, Gabriel Nunes fez um providencial gol num passe de Hiltinho.

Sobre rodar o elenco, acho que Moacir poderia ter sacado Adenilson, que sempre tem uma certa queda de rendimento da metade do 2.° tempo em diante. Não custava aproveitar a juventude de Anthony com um placar de 2x0. 

Por falta do que fazer, torcedores arremessaram coisas no gramado: um copo ainda no 1.° tempo na comemoração de um gol e uma lata no 2.° tempo num desperdício de ataque. Uma vergonha! Resultado: começou uma confusão para achar o autor do arremesso da lata que terminou chegando à parte de baixo das arquibancadas. Saí mais cedo para evitar problemas e acabei não vendo os minutos finais do jogo.

O América terminou fazendo o que era esperado: assegurou a liderança até a próxima rodada com um bom saldo de gols. Agora é aguardar o que vai sair de ABC x Potiguar na quarta-feira para saber exatamente o que buscar na última rodada lá em Assú (sim, esta é a grafia de fundação da cidade). De todo jeito, o alvirrubro natalense já praticamente colocou um pé dentro da final porque depende apenas de seu próprio resultado para ser finalista do turno. 

No mais, Goianinha outra vez trouxe aquele aconchego de casa ao Mecão e sua torcida. Anos depois e a felicidade do reencontro se mantém. 

Até o próximo encontro, então.

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