sábado, 30 de março de 2019

Muita ansiedade

(Imagens e vídeos de minha autoria)


Foi difícil segurar o nível de ansiedade para acompanhar o show de Jon Secada em Natal. Ter um artista desse nível aqui, neste pedacinho do céu, é dose para deixar  qualquer coraçãozinho descompassado.

Para se ter uma ideia, eu fui a primeira pessoa a comprar um ingresso para o espetáculo. Assim que surgiu o primeiro anúncio, corri para a bilheteria do teatro na abertura do dia seguinte. Bati um longo papo com o rapaz que me atendeu para achar o canto ideal sem machucar mais do que já estava machucando o bolso. E não me arrependi. Quando Jon Secada olhava para a frente, ele dava de cara comigo cantando suas músicas mais antigas. Se errasse a letra, eu estava ali para ajudá-lo.

Acho que corria o ano de 1993 quando eu entrei pela primeira vez numa boate em Natal, a Liverpool, lá em Ponta Negra. Não me pergunte que magia foi feita para tanto, já que eu tinha apenas 14 anos, mas jamais esqueci daquela boate, a melhor que já frequentei, da comida pedida, da mesa ocupada e do vídeo que começou a rolar assim que sentei no meu lugar: Just Another Day, de Jon Secada. Foi amor à primeira vista. 

Dali em diante, o artista cubano emplacou quase tudo que cantou na lista de sucessos aqui no Brasil. No ano seguinte, estava nos EUA e pude acompanhar a enorme cobertura da MTV ao Making of da música If you go. Por algum capricho do destino, não tenho esse CD dele...

É bem certo que ele sempre foi considerado meio brega, especialmente nos EUA (ele mora em Miami), mas e daí? As músicas são bonitas, a voz é bonita e potente, ele é carismático.  

Depois do longo período entre a compra do ingresso e o show, ontem chegou o grande dia. Cheguei tão cedo ao teatro que terminei indo passear na Saraiva antes. 

Assim que o acesso aos lugares foi liberado, lá estava eu sentadinha bem em frente ao pedestal do microfone de Jon Secada.

Gravei alguns trechos de música para que todo mundo pudesse conferir como seu talento se manteve ao longo desses 30 anos.  Foi um show maravilhoso. Uma banda competente, o que inclui duas super cantoras para backing vocal. Até  o portunhol dele dava para entender. Amei!

E que forma física, hein? Apesar do nítido esforço para recuperar o fôlego após seus longos agudos e falsetes, Jon não negou fogo em momento algum. Impressionante.

Descobri ontem qual música é a sua preferida, qual música foi o pontapé da sua carreira num show de Gloria Estefan, qual música de Ricky Martin é de sua autoria... Enfim, além de maravilhoso, foi um show revelador.

Obviamente Just Another Day foi gravada quase dos primeiros aos últimos acordes e foi a trilha do encerramento do espetáculo.

O mico ficou para mim. Como tive que trocar de celular, nunca imaginei que, naquele sonzão todo, o bicho conseguiria captar justamente a minha desafinada voz nas gravações (nem eu conseguia me ouvir lá!), cometendo o pecado de cantar junto com Jon Secada. Sabem como é fã, né? Estraguei o negócio, mas jamais poderia abrir mão das gravações por isso. Aguentarei eternamente a zoeira em nome da paixão musical. Jon Secada e suas músicas valem. 

Espero que a experiência possa ser repetida, sem minha voz desafinada, claro, num futuro não muito distante.













Nenhum comentário:

Postar um comentário