quarta-feira, 20 de março de 2019

Fim da tradição

Ao abrir o Brasil sem necessidade de visto para visitantes de EUA, Austrália, Japão e Canadá, o presidente Jair Bolsonaro rompeu com a tradição diplomática brasileira de reciprocidade em suas relações internacionais.

Qual a justificativa para tanto? Não se sabe. Não é por exigência de visto que turistas desses locais não vêm ao Brasil em quantidade pelo menos parecida com o número de turistas brasileiros que vão para lá. Só a Flórida, por exemplo, recebe muito mais brasileiros do que os EUA inteiros mandam americanos  para cá anualmente.

A medida ainda acaba com a arrecadação com vistos nestes casos, embora os países citados continuem arrecadando nossos parcos reais nas mesmíssimas situações. Para quem anda reclamando de déficit, a medida é contraditória.

Não vou nem citar as outras coisas de que o Brasil abriu mão concretamente, como sua posição na OMC, em nome de promessas apenas.

A diplomacia foi ainda mais desrespeitada com a presença de um filho do presidente no lugar do chanceler brasileiro num encontro entre os chefes de Estado.

Para quem é da área, a primeira viagem de Bolsonaro aos EUA foi um show de horrores. Fica um alerta: nada é tão ruim que não possa piorar.

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