A minha expectativa ao assistir a Extraordinário (Wonder no título original) era ver um filme centrado na difícil vida do garotinho que nasceu com uma síndrome que deforma seu rosto, mais uma grande atuação de Julia Roberts, que, igual a vinho tinto, melhora com o passar dos anos, e, claro, chorar copiosamente.
Nem todas foram alcançadas. Chorei muito, mas não cheguei a soluçar, o que já é grande avanço para uma manteiga derretida assumida. Julia Roberts esteve muito bem, como esperado. Mas surpreendentemente o enredo consegue se afastar do drama do garotinho para mostrar a vida dos que de alguma forma se relacionam com ele.
Com isso, o filme superou e muito as minhas expectativas e deveria entrar na lista de filmes a serem assistidos por todo mundo. Afinal, todo mundo tende a achar que certos problemas são maiores que outros. Mais: é bom ver na telona pessoas que lutam pelo bem, mesmo quando tudo parece ser muito difícil, porque é bom ser do bem, especialmente com a realidade atual e mundial de falta de compaixão pelas dores do próximo.
Atuações convincentes de todos num elenco recheado de crianças - todas talentosas. Owen Wilson também convincente num papel que requeria mais atuação e menos comédia.
Atuações convincentes de todos num elenco recheado de crianças - todas talentosas. Owen Wilson também convincente num papel que requeria mais atuação e menos comédia.
Por fim, na lição atribuída a Platão, mas que dizem ser mesmo de Ian Maclaren, autor escocês, o filme achou o melhor resumo para si e para a vida: Be kind for everyone you meet is fighting a hard battle (Seja gentil porque todo mundo que você encontra está travando uma grande batalha).
Assim é a vida. Extraordinário mesmo é alcançar este entendimento.
Assim é a vida. Extraordinário mesmo é alcançar este entendimento.
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