A coisa mais rudimentar que existe em qualquer esporte é a tal da marcação individual. Eu até me assusto de ver alguma equipe ainda falando nisso. Digo que é rudimentar porque em qualquer esporte, quem joga num time sabe que tem que marcar quem joga no outro. E cada integrante pega outro integrante.
Aí surge a figura do treinador. Ele pensa tudo antes. Como defender e como atacar. Há milhões de anos a marcação evoluiu para a marcação por zona em todos os esportes coletivos de contato. A individual virou peça de museu, adotada apenas em momentos "x" de uma partida, mais para confundir, porque é a preferida de quem tem talento - em dois lances, deixa-se o marcador a ver navios.
No futebol, descobriram uns arranjos bonitos para falar do velho 4-5-1. E palavras novas para falar de marcação pressão e guardar caixão. Agora, temos 4-2-3-1, 4-3-2-1, 4-1-4-1, marcação alta e marcação baixa. Mas organizar uma marcação por zona de verdade mesmo ninguém quer...
Isso tudo para não falar de organizar o ataque. Sim, porque a impressão que tenho dos técnicos brasileiros em geral é que só sabem falar de defesa (só falar mesmo); o ataque fica por conta da intuição e da habilidade dos jogadores. Depois ninguém entende por que o melhor time tropeça mais frequentemente no Brasil contra o pior time do que em outros lugares do mundo. Daí eu não ter hoje mais a mesma paciência para assistir a jogos de futebol. Série A, por exemplo, que não tem representantes do RN, é coisa rara na minha TV.
Em 13 de janeiro começa mais uma temporada aqui para o RN. Palavras e arranjos novos não faltarão. Afinal, passam a ideia de evolução, modernidade. Mas será que os times vão continuar com defesas na Idade da Pedra?
Infelizmente essa entrevista escutei do treinador Roberto Fernandes, dizendo que estava muito satisfeito com esquema 4-3-2-1. que isso era de futebol atual e moderno. Imaginem.
ResponderExcluirArcanjo Lima PE