quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

A tal da marcação individual

A coisa mais rudimentar que existe em qualquer esporte é a tal da marcação individual. Eu até me assusto de ver alguma equipe ainda falando nisso. Digo que é rudimentar porque em qualquer esporte, quem joga num time sabe que tem que marcar quem joga no outro. E cada integrante pega outro integrante.

Aí surge a figura do treinador. Ele pensa tudo antes. Como defender e como atacar. Há milhões de anos a marcação evoluiu para a marcação por zona em todos os esportes coletivos de contato. A individual virou peça de museu, adotada apenas em momentos "x" de uma partida, mais para confundir, porque é a preferida de quem tem talento - em dois lances, deixa-se o marcador a ver navios. 

No futebol, descobriram uns arranjos bonitos para falar do velho 4-5-1. E palavras novas para falar de marcação pressão e guardar caixão. Agora, temos 4-2-3-1, 4-3-2-1, 4-1-4-1, marcação alta e marcação baixa. Mas organizar uma marcação por zona de verdade mesmo ninguém quer...

Isso tudo para não falar de organizar o ataque. Sim, porque a impressão que tenho dos técnicos brasileiros em geral é que só sabem falar de defesa (só falar mesmo); o ataque fica por conta da intuição e da habilidade dos jogadores. Depois ninguém entende por que o melhor time tropeça mais frequentemente no Brasil contra o pior time do que em outros lugares do mundo. Daí eu não ter hoje mais a mesma paciência para assistir a jogos de futebol. Série A, por exemplo, que não tem representantes do RN, é coisa rara na minha TV.

Em 13 de janeiro começa mais uma temporada aqui para o RN. Palavras e arranjos novos não faltarão. Afinal, passam a ideia de evolução, modernidade. Mas será que os times vão continuar com defesas na Idade da Pedra?

Um comentário:

  1. Infelizmente essa entrevista escutei do treinador Roberto Fernandes, dizendo que estava muito satisfeito com esquema 4-3-2-1. que isso era de futebol atual e moderno. Imaginem.
    Arcanjo Lima PE

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