Muito mal

Flávio Araújo começou com o pé esquerdo sua segunda passagem como treinador do América. A coisa foi tão feia que houve até alguns gritos de burro na arquibancada.

O que de melhor existia no time de Felipe Surian era a zaga. A dupla Richardson e Paulão era o pule de dez do América. Ambos soberanos. E o que fez Flávio? Colocou Richardson como líbero, quase que como volante mesmo. E quem entrou na zaga? Maracás. Conseguiu acabar com a zaga, com o futebol de Richardson e com uma mínima pegada no meio que existia com Filipe Alves. Surian caiu por algo parecido.

Não sei que mistério é esse que os treinadores do América não conseguem perceber a falta de pegada no meio campo. Se era incipiente contra o Santa Cruz, foi inexistente contra o Sergipe. Tudo o que o time de Betinho queria para pintar e bordar na Arena das Dunas.

Também não entendo como Lúcio pode não estar escalado junto de Jean Patrick, Raul e Tony como antes da pausa. 

Sobre Flávio, o time que treinou na sexta mostrou exatamente o que vimos na Arena: Richardson não pode ser o volante. Comentei no Podcast que Ives é bem mais pegador e já mereceu uma oportunidade e que a dupla Somália e Lúcio deu um calor danado na defesa titular no início do treinamento. Mas Lúcio ficou na reserva, Richardson foi deslocado e Maracás pode matar mais uma vez a torcida do coração.

O time deve mudar na quarta. Mas se um treinador competente como Flávio estreia com tantos erros e nem os reconhece é porque o América tende a piorar muito antes de começar a melhorar alguma coisa. Se começar.

Podem anotar aí: 3 zagueiros com esses laterais (não são alas) que o América tem vai matar de vez qualquer resquício de futebol. 

É bom lembrar também que a principal característica dele é a teimosia, logo...

Enfim, tá tudo errado no América. E sem perspectiva de mudança. Dentro e fora de campo.

E sobre a Copa do Nordeste, o América conseguiu uma proeza maior neste ano. Se no ano passado foi eliminado na última rodada em casa com um empate com o Estanciano, neste a casa caiu uma rodada antes do fim e com uma derrota diante de sua torcida (mais de 2 mil pagantes numa draga como a atual é para comemorar).

A gestão Beto Santos segue firme e forte sufocando qualquer resquício de orgulho da torcida americana. Dificilmente sobrará alguma coisa quando o seu fim chegar.