segunda-feira, 20 de março de 2017

Não adianta insistir

Não, não me refiro à continuidade da gestão Beto Santos. Eu me refiro ao futebol dentro das quatro linhas. 

Primeiro, já ficou mais do que claro que foi um erro ter tirado Felipe Surian. O América que empatou com o Vitória em casa, mesmo também tendo empatado com o fraco Santa Cruz, vinha de 4 jogos sem derrota (duas vitórias e dois empates). Se errou na escalação (e errou!), caberia um ajuste e reconhecimento de que o projeto maior era o acesso para a Série C. O planejamento foi traçado com o campeão invicto da D e ele caiu por causa de um 3.º lugar no 1.º turno e de um empate no início do 2.º turno do estadual.

Segundo, Flávio Araújo desorganizou o que tinha o mínimo de organização. Só o Globo conseguiu fazer dois gols no América e não levar nenhum. Com Flávio, foram dois do Sergipe, três do Potiguar e quatro do ABC. Serão cinco contra o Globo na próxima rodada do estadual, ou cinco na próxima quarta contra o Botafogo-PB?

Mas o título desta postagem se refere mesmo à escalação de Lúcio como centroavante de referência. Desde 2012 ele não joga mais assim e já deixou claro que não quer mais jogar assim. Não é possível que os treinadores teimem em escalá-lo onde ele não quer. Até Felipe Surian já ensaiava tal escalação e Flávio Araújo resolveu implantá-la. Acabou qualquer possibilidade de Lúcio mostrar bom futebol, dentro da atual realidade, como vinha mostrando nas partidas contra Vitória, Baraúnas e ASSU. Tanto que alguns lampejos surgiram no terrível jogo do Frasqueirão quando Lúcio passou a trocar de posição com Dija Baiano.

Se o treinador entende que não há espaço para ele no meio ou como segundo atacante, que o deixe no banco, mas insistir no que nem o atleta quer é dar murro em ponta de faca.

Hoje o América é um time que nem ataca, nem marca. Apenas reza para o tempo passar logo. E já acumula três derrotas acachapantes sob o comando de Flávio Araújo. Mas a gestão de Beto Santos deve estar esperando ele completar 7 jogos. Afinal essa é a média para troca de treinador desde que o atual presidente assumiu no fim de 2015, segundo informação de Ana Karla Martins, do Esporte Interativo.

Mas nem tudo está perdido. Só o América mesmo. Não dá para voltar a 2015 com Roberto Fernandes e sem Beto Santos, não? Não, não dá. Fiquemos com a lanterna do estadual mesmo que já está de bom tamanho. Afinal, a cada ano que passa, percebemos que o ano anterior foi um sucesso perto do fracasso que o sucedeu. 2017 vai ficar bom também. Basta esperar 2018.

Nenhum comentário:

Postar um comentário