terça-feira, 25 de janeiro de 2022

"Tudo é um processo"

Logo após ABC 1x2 América, o técnico Renatinho Potiguar concedeu entrevista coletiva.

Vitória no clássico
Primeiramente, eu queria agradecer a Deus, hoje em especial por ter nos capacitado. Fazer um jogo não é fácil e vencer aqui dentro do Frasqueirão. Essa vitória nos dá um ânimo muito bom porque fazia muito tempo que o América não vencia aqui dentro. O ABC estava há 14 jogos, se não me engano, sem perder dentro de casa. Então, essa vitória valoriza muito nosso trabalho. Quando a gente fala nosso é do clube todo: diretoria, atletas, funcionários. Então, a gente sai muito satisfeito, feliz pela vitória. A gente sabe que a equipe está em evolução, mas foi importante a vitória. A equipe não fez um bom 1.° tempo, mas no 2.° tempo a equipe deu uma encaixada melhor, principalmente no setor defensivo, e a gente conseguiu essa grande vitória. 

Risco no 2.° tempo
O ABC é muito forte nas triangulações pelos lados do campo e com a chegada de atacantes altos, Alan Dias vem chegando, o próprio Jefinho. São atletas altos e eles buscam muito isso na área o tempo todo. Eu acho que a gente trabalhou bem na 2.ª etapa. A linha nossa de 4 foi perfeita nas ações. Infelizmente tomamos um gol, mas o adversário tem suas qualidades também. Mas o mais importante foi que a gente conseguiu no final. A gente colocou uma linha de 5 e deu um encaixe bem tranquilo. A gente ficou com 3 zagueiros na área e não passamos tanto aperreio. 

Eficiência nas finalizações
A gente está tendo uma dificuldade no nosso campo, até pela condição do campo, que não é a ideal para uma equipe que tem qualidade e a gente acaba perdendo muitos gols  Hoje a gente teve menos possibilidades, mas fomos mais efetivos. Mas também no futebol às vezes a gente ataca, ataca e não consegue fazer um gol, e às vezes você só defende e consegue fazer 1, 2 gols. O futebol é interessante por isso. 

Márcio Mossoró
Márcio é um jogador importante. A gente sabe a qualidade do atleta, só que hoje no jogo a gente preferiu outras situações, até porque a gente perdeu Felipinho e eu tive que mexer, então já perde uma substituição. Mas é um atleta que vai nos ajudar.

Meio campo
No 1.° tempo, eu achei o nosso setor de meio junto com os extremos ficou em amplitude, muito aberto. E o ABC estava com Alan Dias, Wallyson trabalhando muito por dentro e conseguindo criar as situações. Então a gente teve dificuldade no 1.° tempo. A gente tinha alertado: "Não faz falta no início do jogo. Uma das características da equipe adversária é a bola na área". Com 5 minutos, a gente dá 2 carrinhos e foram 2 faltas pelos lados. Aí a bola vai para a área e o ABC cresce no jogo. Então o ABC cresceu no jogo no 1.° tempo por causa de uma bola parada, porque aí o torcedor inflamou e ele acabou dando uma pressão. Então, ter um pouquinho mais de atenção no início do jogo. Achei que a gente foi um pouco precipitado no início do jogo, errando muitos passes, sem confiança e isso dificultou bastante. Mas a partir do momento em que a gente fez o gol, a gente sentou e começou a trabalhar melhor o jogo. Tudo é um processo. A gente está na 5.ª rodada do ano. Então não dá para a gente exigir a perfeição no jogo. A perfeição não existe, mas a gente exigiu o máximo dos atletas. A gente ainda está encaixando. Entra um jogador, entra outro, sai machucado... As dificuldades vão acontecer, mas a gente está feliz pelo resultado. 

Araújo e Allef
Allef e Araújo são 2 jogadores que têm muita dinâmica, dinâmica de passe, dinâmica de pegada, dinâmica de qualidade, tranquilidade. São 2 volantes que a gente está utilizando, mas que são 2 segundos volantes. Eu sempre dizia que o meu sonho era tirar o primeiro volante do jogo. Gosto de uma equipe que trabalha principalmente no setor que é o coração da equipe, que é o setor de meio. Então eles estão encaixando bem, eles têm uma pegada muito forte, uma dinâmica muito forte e isso ajuda demais. A gente espera que eles continuem nesta evolução.

Wallace Pernambucano
Wallace  é um jogador que está me impressionando porque é um atleta de muita força. A gente enfrenta o atleta, a gente vê outros aspectos. E quando a gente trabalha com o atleta, começa a observar algo diferente, muito diferente num atleta com 34 anos. Ele dá intensidade no ataque o tempo todo. Então é um jogador importante, um jogador que está fazendo a diferença desde que entrou. E a gente sabe a importância. Não só ele, mas a nossa equipe está evoluindo. Mas é um atleta importante para o grupo e hoje foi decisivo no jogo. Com 45 minutos saiu - estava muito abafado - passando mal, mas fez sua parte, que era definir a partida.

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