sexta-feira, 18 de junho de 2021

O inferno da espera

Não sei se existe alguém que gosta de esperar. Esperar sem ter a hora exata de quando vai chegar eu tenho a impressão que é ruim até se o que se espera é bom.

Esperar médica(o) então é um saco! Tenho pavor das(os) que marcam consultas por ordem de chegada. São sumariamente riscados da minha lista. Já não basta ter que esperar uma data lá na frente para a consulta, correndo o risco de nem lembrar mais os sintomas (plano de saúde agora é assim), ainda ter que desistir de um dia da vida para receber um atendimento agendado é o fim da picada! A única exceção ainda é o oftalmologista porque dificilmente espero muito por ele e o considero um profissional acima da média. E só.

Se tudo isso sempre foi ruim, agora piorou. Além do receio de contaminação em salas de espera entupidas de gente, ainda temos que aguentar 1.500 pacientes com seus celulares e vídeos e áudios do WhatsApp sem headphones/earphones. É tudo ali mesmo, para todo mundo ouvir. Todos ao mesmo tempo, numa poluição sonora inadmissível, além do desrespeito a quem está próximo, totalmente inaceitável.

Falta educação nos tempos atuais. Conceitos básicos do que é público, do que é privado, de quando um direito acaba para começar o da pessoa semelhante.

A espera hoje é uma verdadeira sucursal do inferno, certamente uma amostra do que será a vida após a morte (?) para quem acredita em dívida de alma a ser paga nos domínios de Belzebu e companhia.

De minha parte, pelo acontecido por aqui desde aquela estória de fim do mundo em 2012, eu começo a acreditar que quem ficou resistiu (não morreu) foi na verdade a galera que não subiu (paraíso, céu, evolução espiritual e assemelhados), então o inferno somos nós mesmos que fazemos. Agora com esse acréscimo do áudio/vídeo pessoal tornado coletivo num grupo em que cada pessoa é torturadora e torturada ao menos tempo. Tudo isso até que um(a) médica(o) se disponha a lhe atender...

É ou não é infernal?

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