Pelo menos uma das modalidades de indecência nestas eleições passou por um aoerto grande das autoridades: a das fake denúcias de fake fraudes nas urnas eletrônicas.
Em certos círculos de redes sociais explodiram vídeos (comprovadamentes editados, diga-se de passagem) de urnas que autocompletariam a numeração para presidente quando o eleitor digitava 1. Ou ainda a palhaçada de colocar uma numeração de candidatura presidencial inexistente no voto para governador e reclamar quando a urna acertadamente apontava "voto nulo".
Como nem todas as mentes são preparadas para enxergar o charlatanismo de cara, A presidente do Tribunal Superior Eleitoral Rosa Weber e o ministro da Segurança Pública Raul Jungmann assinaram um termo para determinar que denúncias sobre fraudes nas urnas tenham que ser realizadas em tempo real ao Pardal, aplicativo do sistema da Justiça Eleitoral, ainda na seção eleitoral, conforme orientação a mesários e e presidentes das seções eleitorais.
Segundo a Tribuna do Norte de hoje (página 3), o ministro Jungmann afirmou: "A grande vantagem aqui é que toda e qualquer denúncia estará registrada e colocada em rede aberta, e vocês vão poder conferir o se, o quando e o como, e qual o resultado daquela apuração. Essa é a maneira mais transparente que você pode dar a qualquer tipo de problema que seja verificado por qualquer eleitor ou eleitora. (...) Qualquer denúncia que venha a ser feita, deve ser devidamente investigada e apurada. Agora, não entendo porque se você tem a mesa ali, o mesário está ali, o presidente está ali, ele tem um aplicativo, e a determinação de fazê-lo, por que fazer depois? No mínimo uma justificativa tem que ser dada A esse respeito."
Ele ainda complementou: "Quem usa fake news para tirar a credibilidade ou para deturpar ou causar comoção, aí de fato não tem jeito, tem que ser punido."
Estamos de olho.
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