A expectativa era grande, mas a divulgação não foi adequada. Para se ter uma ideia, eu só adquiri ingresso para o show do Balão Mágico na véspera. Muita gente deixou de ir por nem saber que o evento ocorreria.
Mas ele aconteceu. Mike, Toby e Simony, da formação original que encantou com músicas como Galinha Magricela, Ursinho Pimpão, Oh, Suzana, Você e Eu e por aí vai fizeram trintões e quarentões cantar e dançar com o mesmo entusiasmo de 33 anos atrás quando estiveram no finado Castelão em Natal.
Dos três, Toby é o que ainda mantém a inocência de criança. Sua voz é a que mais lembra o tom original das músicas, embora obviamente tenha amadurecido.
Mike parece bem à vontade com várias funções no palco - também ataca de percussionista.
E Simony... Bem, Simony sempre foi Simony. É a estrela principal. Troca de roupa algumas vezes e domina a cena, inclusive com humor.
O trio esbanjou simpatia o tempo inteiro. Simony deixou logo bem claro que tiraria fotos com todo mundo que ali estava no pós-show.
Eu só não gostei de uma certa falta de profissionalismo. Apostaram muito na emoção e deixaram detalhes técnicos importantes de fora, como um roteiro para o show. Havia momentos em que não se sabia quem dos três iria falar com o público. Num determinado instante me pareceu bem claro que Mike enchia linguiça - pela repetição das palavras - para dar tempo da troca de figurino de Simony.
O próprio início do show teve que parar e começar de novo por falha.
Fora as inúmeras vezes em que um dos três errou a letra. Numa, Simony mesmo deixou claro o erro. Noutras, ouvimos palavras desencontradas com os três cantando ao mesmo tempo. E ainda houve aqueles erros de não saber até onde iria a repetição do refrão ou de uma parte dele.
Se o trio pretende encarar mesmo um retorno à carreira - merecido, afinal as letras são de extremo bom gosto -, levar a coisa a sério principalmente em shows em lugares como o Teatro Riachuelo, que não tem pena do bolso alheio, é vital para o devido sucesso.
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