segunda-feira, 22 de outubro de 2018

Melhoramos

Se é certo que ainda há muito a fazer, também não podemos fechar os olhos para o avanço brasileiro em termos de educação, habitação e mesmo em relação ao progresso material de todas as classes sociais entre 1995 e 2015 - em 20 anos, portanto - como apontaram dados do Plano CDE e o IBGE utilizados pelos autores do livro O Brasil Mudou Mais do que Você Pensa, pesquisadores que são da Fundação Getúlio Vargas.

A revista Veja de 03/10/18 (páginas 74 e 75) trouxe alguns dados em gráfico para ilustrar esse avanço, que passo a listar aqui.

O número de brasileiros no ensino superior aumentou 2,6 vezes nas classes A e B (de 1,7 milhão para 4,4 milhões) e impressionantes 24 vezes nas classes C, D e E (de parcos 87 mil para 2,1 milhões).

A escolaridade média também subiu. Saiu de 3,9 anos para 8,4 anos nas classes D e E, de 5,4 anos para 9,7 anos na classe C e de 8,2 anos para 11,6 anos nas classes A e B.

O perfil das moradias brasileiras também foi bastante modificado. Eram 1,6 milhão de domicílios com um ou dois cômodos (dentre sala, quarto e cozinha) apenas. Esse foi o único número que caiu - 1,1 milhão em 2015.

Já os domicílios com seis a dez cômodos saltaram de 9,5 milhões para 21 milhões. E com três a cinco cômodos saíram de 14,3 milhões para 27,3 milhões.

Em relação ao progresso material, a reportagem mostrou a porcentagem de domicílios com máquina de lavar roupa. Nas classes D e E, eram 5% e passaram a 35%. Na classe C, os 10% de domicílios com o eletrodoméstico passaram a 53%. E nas classes A e B, o salto foi de 42% para 79%.

Se falássemos em aparelhos de celular, aí seria assustador. 

Não custa nada lembrar que esse avanço se deu dentro do mais longo período de democracia que este Brasilzão já viu - estes 30 anos da Constituição Cidadã. Tem como não ser fã da democracia?

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