Seguindo a linha "não trago soluções, apenas problemas", o técnico Pachequinho, em entrevista coletiva nesta quarta-feira gentilmente enviada por Canindé Pereira, ao ser perguntado sobre a semana cheia para trabalhar, fez logo questão de apontar que isso não será suficiente por causa dos desfalques.
Chamou a minha atenção o fato de ele ainda falar que ele só terá a equipe ideal a médio-longo prazo (quem tem isso no América?) e que espera o retrancado time do Santa Cruz fazendo um jogo aberto (?!) contra o América.
Desfalques por lesão
É o que eu tenho convivido desde a minha chegada. A quantidade de atletas que vêm desfalcando a equipe por lesões, por cartões, suspensões, isso preocupa no sentido de que eu não consigo dar um ritmo, um entrosamento, um conjunto para a equipe considerada titular. Ao mesmo tempo, eu tenho que estar promovendo estreias, promovendo alterações e, muitas vezes, improvisações, e trabalhar com que nós temos disponível e tentar fazer o América forte, um América competitivo e sempre buscando a vitória.
Prejuízo ao entrosamento
Cascata é um jogador de extrema importância para todos nós. Já é uma dúvida, já não esteve no jogo passado. É uma dúvida para esse jogo. Acho muito difícil. Ainda não contei com Danilo na competição desde que eu cheguei. Sala, da mesma forma. Então, você vai juntando aí. Daqui a pouco você tem um atleta fora por 3.° cartão, por expulsão, por lesões. E é um número de alterações que vem ocorrendo. Geralmente eu tenho feito 3 a 4 alterações forçadas. Isso quando você não tem que fazer essas alterações no próprio jogo quando tem a lesão. Então, o importante é colocar o trabalho, a maneira como eu quero que a equipe jogue, a maneira que eu entendo que é o melhor para o América, independente do atleta que vai executar a função, mesmo se ele estiver improvisado, fazer o melhor, deixar o América forte em todos os aspectos, no conjunto, que é fundamental. Mas isso, quando a gente perde atletas, fica sem as opções de dar sequência para o time, é natural que nós tenhamos uma dificuldade.
Time
Para hoje a gente trabalha com a possibilidade de um ou outro retornar. Mas temos aí alguns dias e esperamos que a recuperação possa ser rápida. O problema é que fica muito tempo sem treinar e isso acarreta em outros aspectos. Para vocês entenderem que não é fácil. A gente quer o melhor para o América, a gente quer fazer com que o América vença, a gente quer botar um padrão de jogo o mais rápido possível. Outra coisa que eu estava precisando era ter uma semana cheia para poder trabalhar, para poder organizar, e também não tenho a semana cheia com todos os atletas disponíveis. Isso também é outro motivo que preocupa a gente. Porém, vamos com a força que nós temos à disposição e buscar um grande resultado.
Expectativa no estadual
Eu primeiro penso somente no América, somente no nosso jogo, em fazer um bom jogo, em buscar uma grande vitória, buscar uma regularidade de vitórias porque isso é importante. Você ganhar, você cria um otimismo, você cria uma confiança, mesmo tendo todas as dificuldades que nós estamos encontrando. Mas a vitória é sempre bem-vinda em todos os aspectos. É dessa forma que nós vamos trabalhar. O foco nosso conseguir os 3 pontos e ir melhorando e evoluindo o América.
Série D
Organizar bastante. Você pode ter certeza que o América vai evoluir muito mais. Se nós pensarmos a médio e longo prazo, aí sim eu vou ter a equipe da maneira que eu acho e quero que essa equipe jogue. Jogando forte com bola, jogando forte sem a bola. Uma equipe compacta, uma equipe que saiba o que vai fazer dentro de campo. Os companheiros se conhecendo, jogando com naturalidade e fazendo as jogadas ofensivas, proporcionando ações importantes dentro do jogo, e tendo maturidade nas dificuldades, tendo maturidade para entender que em algum momento ou outro você vai ter dificuldade, vai sair com o placar adverso e resgatar isso - a tranquilidade, a confiança de que, com trabalho, com organização, os resultados nós vamos buscar com muito mais intensidade, com muito mais inteligência, com muito mais organização. Mas, para isso, requer tempo, requer um elenco todos disponíveis. Obviamente para médio, longo prazo, é bem provável que venham outros atletas para qualificar ainda mais o nosso elenco. Mas o que a gente pode pensar agora o jogo de domingo contra o Santa Cruz, buscar um grande resultado.
Enfrentar o Santa Cruz
Desde que eu cheguei não tem jogo fácil, não tem jogo que você possa dizer "e Esse jogo foi tranquilo. Conquistamos uma vitória sem sofrimento". Isso também é fruto do momento em que a gente se encontra, no sentido de ter o elenco todo à disposição. Então, esse conjunto, esse entrosamento dos jogadores requer um tempo para que isso aconteça. E uma das coisas que todos vocês sabem é que nós mudamos a maneira que o América jogava há quase um ano. E quando você tem poucos dias para treinar e fazer com que a equipe evolua com peças com que você não pode contar, dificulta um pouquinho mais. Então, a partir do momento que nós vamos ganhar tempo, vamos buscar um grande jogo. Nós sabemos que o Santa Cruz vem com esse objetivo, vem com esse pensamento, vem para buscar um grande resultado. Mas também vejo que vai ser um jogo de duas equipes que vão propor o jogo, de duas equipes que vão buscar o resultado e o jogo fica muito mais aberto e aí vai valer muito a questão individual também.
Treinos fechados
Não existe mistério nenhum. Talvez o costume de todos que vem cobrindo o América era essa questão de treinos do América véspera de jogo ter o acesso. Eu acho que é importante você passar o trabalho durante a semana, como está acontecendo hoje, quarta-feira. Mas ao mesmo tempo nós vamos enfrentar um adversário que é daqui. E você sabe mais do que eu que as informações hoje no futebol, o detalhezinho, ele pode ajudar ou atrapalhar. Mas, com relação ao trabalho de vocês, não tenho dúvida que vocês vão ter liberdade total para trabalhar, para cobrir os trabalhos, os treinamentos. Obviamente que um treino o outro, isso é praxe no futebol nacional, não é o América que está sendo diferente. Todas as equipes trabalham dessa forma e é um costume que a imprensa daqui talvez não tenha, mas que, no futebol, se a gente for falar até mundial, é muito comum, muito natural. Eu sei que pega um pouco a questão cultural, e isso não é só imprensa, aí os torcedores. Mas eu penso num América organizado, um América muito profissional em todas as atitudes e decisões. E o futebol potiguar crescendo com essa mentalidade nova. A vida nossa em qualquer ramo, em qualquer atividade você requer também algum crescimento. E eu vejo que tanto esse aspecto de você fechar o treino para não mostrar o time, não mostrar a ideia, isso já vem acontecendo praticamente em quase todo o Brasil. Mas que vocês vão ter liberdade para trabalhar e vão está acompanhando o nosso dia-a-dia, isso não tenha dúvida.
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